Dia do Nordestino: O sol do desenvolvimento nasce no Nordeste
Oferecendo exemplos atuais para a economia e a vida do futuro, a região nordestina aponta um modelo sustentável de civilização, com bem-estar social
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Esta edição especial do JC traz perspectivas promissoras que enchem o nordestino de orgulho e otimismo. Conquistas que já fazem a diferença no perfil histórico que vai ficando para trás, atrelado a uma caricatura que se reconhece, mas não corresponde fielmente à realidade.
A realidade do Nordeste é outra. Embora muitos desafios permaneçam, o horizonte descortinado se pinta com novas – inovadoras – vocações, que não se recortam da trajetória nordestina, mas, como qualquer inovação, retomam o curso de saberes e fazeres que se aproveitam da oportunidade criada na região.
Um ciclo diferente, positivo e de largo alcance, é divisado. Mais de um quarto da população brasileira sob o sol nordestino – e sobre o solo de raízes culturais que se misturam – ainda sofre com a desigualdade nacional que castiga, ao longo dos séculos, a região, cuja riqueza contabilizada não passa de 14% do Produto Interno Bruto (PIB).
Mesmo assim, o Dia Nordestino em 2025 é marcado pela modificação na paisagem, verificada nos últimos anos, a partir de investimentos em infraestrutura que têm tudo para se consolidar como marcos para o país inteiro. Se o trem do Nordeste seguir o rumo esperado, os brasileiros de todas as regiões poderão ser beneficiados.
Vanguarda nacional da transição energética, mostra da força da potência eólica e solar que o Brasil começa a realizar, com muito pela frente, inclusive no hidrogênio de baixo carbono, a economia nordestina que desponta traz o foco da sustentabilidade.
Para uma civilização global que se inspire agora no pós-transição energética, os nordestinos se juntam a outras partes do planeta que seguem na frente da construção do futuro de energia e consciência limpas. Os projetos que estão dando frutos constituem uma fração do que está por vir, como prenúncios de outra época que não tarda a chegar.
Indústria automotiva elétrica, portos em diferentes estados se apresentam conectados com o fluxo global, consumando a vocação exportadora. A Ferrovia Transnordestina se junta a esse cenário cortando o solo e o passado, rompendo fronteiras e carregando em grãos, minérios e sonhos um novo tempo para as gerações que estão vindo.
Assim como a Transposição do São Francisco, obra da engenharia que transforma a vida de milhões de pessoas. A logística é a palavra mágica que adensa o território nordestino e aproxima propósitos, conferindo ao crescimento econômico uma direção viável.
Conhecimento é outra vocação que se encontram em pleno vapor. Como no Porto Digital recifense, reconhecido no mundo inteiro pela excelência das ideias e dos profissionais que entregam soluções criativas para diversas demandas, tendo faturado no ano passado mais de R$ 6 bilhões. Não é pouca coisa.
A interiorização das universidades e das escolas técnicas completa o mosaico da educação profissionalizante que se espalha e distribui força de trabalho baseada no conhecimento especializado. Sem falar da tradição cultural que não cessa de gerar talentosos valores em todas as expressões artísticas, ou mesmo no turismo que também tende a crescer com os investimentos florescendo na região.
O sol nordestino brilha cada vez mais forte.