SAÚDE DA GESTANTE | Notícia

O que é pré-eclâmpsia? Doença é silenciosa e diagnóstico precoce pode salvar vidas

Condição hipertensiva é uma das principais causas de mortes maternas e fetais no mundo. A doença pode ser assintomática no nício

Por Maria Letícia Menezes Publicado em 22/05/2025 às 14:14

As doenças hipertensivas na gravidez continuam sendo um dos maiores desafios para a saúde materno-infantil em todo o mundo. Entre essas condições, a pré-eclâmpsia é uma das mais prevalentes e perigosas.

Trata-se de uma doença caracterizada pelo aumento da pressão arterial após a 20ª semana de gravidez e que, se não for identificada e tratada a tempo, pode evoluir para quadros graves, colocando em risco tanto a vida da mãe quanto a do bebê.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Rede Brasileira de Estudos sobre Hipertensão na Gravidez (RBEHG), aproximadamente 80 mil mulheres e 500 mil bebês morrem todos os anos em decorrência dessas condições.

Sintomas da pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é uma condição caracterizada por pressão arterial elevada — definida como valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg na gestação— que surge após a 20ª semana.

A doença pode acometer qualquer gestante, independentemente de fatores de risco prévios, e nem sempre apresenta sinais perceptíveis no início.

A tocoginecologista e coordenadora do Centro de Simulação (CSim), Brena Melo da Faculdade Pernambucana de Saúde, explica que a pré-eclâmpsia pode evoluir rapidamente e, quando não tratada, levar à eclâmpsia, quadro mais severo que se manifesta por convulsões e risco de morte.

“Além disso, a condição constitui-se como fator de risco para problemas cardiovasculares no futuro”, ressalta a médica.

Os principais sintomas da pré-eclâmpsia incluem:

  • Pressão arterial elevada (acima de 140/90 mmHg);
  • Dor de cabeça intensa e persistente;
  • Inchaço repentino, especialmente no rosto e nas mãos;
  • Alterações na visão, como visão turva ou sensibilidade à luz;
  • Náuseas e vômitos frequentes;
  • Dor abdominal na parte superior;
  • Dificuldade para respirar;
  • Diminuição no volume de urina.

Possíveis complicações

A especialista também alerta que a doença pode provocar complicações severas, como:

  • Descolamento prematuro da placenta;
  • Hemorragias;
  • Edema pulmonar;
  • Insuficiência renal e hepática;
  • Parto prematuro.

“É importante ter um acompanhamento obstétrico durante toda a gestação, realizar os exames pré-natais e manter uma alimentação saudável. Para as gestantes em grupo de risco, o cuidado deve ser em dobro”, afirma Brena Melo.

Além do acompanhamento das gestantes, a capacitação das equipes de saúde é uma estratégia essencial para reduzir a mortalidade materna e perinatal. 

“Um profissional de saúde que exerce sua função com competência precisa integrar habilidade, conhecimento e atitude. Nos treinamentos de simulação [durante a faculdade], existe a oportunidade e a segurança disso ser realizado”, explica Brena Melo.

Os treinamentos envolvem desde situações de emergência na sala de parto até o manejo de complicações em recém-nascidos e atendimentos em unidades de terapia intensiva neonatal e obstétrica.

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