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Sport: Possível eleição indireta vira pauta de debate entre lideranças após saída de Yuri

Sem confirmação clara sobre como será o processo de saída do Sport - com renúncia ou licença - Yuri Romão deixa em aberto interpretações sobre eleição

Por Thiago Wagner Publicado em 15/11/2025 às 7:42

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O anúncio da saída de Yuri Romão do Sport, em dezembro de 2025, fez estremecer o jogo político na Ilha do Retiro de vez. Se antes a disputa era para convencer Yuri sobre a saída, agora as negociações são sobre o tipo de eleição que pode ocorrer - direta ou indireta.

Já no anúncio de Romão, esse impasse ficou no ar. Yuri evitou a palavra renúncia e disse que estaria antecipando as eleições. Contudo, o Estatuto do Sport (estamos nos baseando no novo, que rege o clube desde janeiro de 2025), não versa sobre antecipação de eleições sem que haja uma vacância de administração - seja ela por renúncia ou licença.

Ou seja, para antecipar o pleito e passar o bastão, como Yuri colocou em coletiva, o presidente teria que negociar com o conselho. E nesse caso, haveria outro debate: essa eleição seria a que já ocorreria no fim de 2026 ou mandato tampão? Não ficou claro. 

Se o entendimento for que a eleição está sendo antecipada, o sócio rubro-negro escolherá um administrador para 3 anos. Lembrando que o estatuto do Sport mudou e agora não existe mais a figura do presidente executivo e sim um conselho de administração, formado por presidente, vice e conselheiros.

Contudo, há várias zonas cinzentas a serem discutidas, além dessa. Outro debate é o tempo que Yuri de fato ficará no comando do Sport. Ele disse a data 31 de dezembro. Tomando que haja vacância no cargo, o estatuto rege que o vice assuma e seja convocada uma eleição tampão - para cumprir o mandato de Yuri - em 15 dias pelo conselho deliberativo. No caso, eleição direta para o cargo de presidente.

Mas se Yuri ficar até depois do dia 4 de janeiro - metade do mandato - há outro impasse. A vacância a partir dessa data implica que o vice - Raphael Campos - assume até o fim do mandato de 2026. Raphael, em entrevista ao jornalista Lucas Holanda, já disse que não tem interesse em ficar. Ou seja, abre outra brecha, que é a que vem sendo discutida: a da eleição indireta via conselho.

O Blog do Torcedor já havia levantado essa possibilidade antes mesmo do anúncio de Yuri. Lideranças enxergam que isso é um caminho menos ruidoso ao clube, que já vive uma disputa política grande. Por outro lado, grupos de oposição não aceitam essa via, talvez já cientes de que boa parte do atual conselho do Sport é formado por pessoas ainda ligadas politicamente a Yuri.

E aí está o impasse. Na teoria, apesar de ter verbalizado isso, Yuri não é obrigado a sair exatamente no dia 31 de dezembro. Essa mudança de data por mudar o entendimento sobre se a eleição é direta ou indireta.

Nomes começam a surgir

Enquanto isso, a situação já se articula para encontrar um nome de consenso. Em apuração do repórter Antônio Gabriel, da Rádio Jornal, o nome de Rodrigo Guedes, ex-vice jurídico da gestão Yuri aparecia como possível candidato. A matéria foi publicada primeiro pelo GE e confirmada pelo Escrete de Ouro.

Já pelo grupo Leões da Mudança, um nome que ganha força é o de Matheus Souto Maior. No grupo de Luciano Bivar, há articulações também para escolher um possível candidato.

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