Yuri Romão explica contrato do jogo Sport x Flamengo e rebate críticas sobre transparência
Presidente detalhou acordo de R$ 3 milhões, negou venda de mando e diz que decisão de levar jogo para a Arena de Pernambuco é financeira e estratégica

O presidente Yuri Romão se pronunciou sobre as polêmicas envolvendo o jogo entre Sport e Flamengo, confirmado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para o dia 15 de novembro, às 18h30, na Arena de Pernambuco. Em entrevista exclusiva ao Escrete Clube, o dirigente explicou os bastidores do contrato assinado em julho com uma empresa privada e negou que o clube tenha vendido o mando de campo, reforçando que a partida será disputada em Pernambuco por decisão do próprio Sport.
"O Sport não vendeu o mando de campo. O que houve foi uma cessão de receitas, que é diferente. Recebemos uma proposta de R$ 3 milhões líquidos e entendemos que era uma operação vantajosa. O jogo continuará sendo em Pernambuco, com mando do Sport e presença garantida do nosso torcedor", afirmou Yuri.
O presidente também detalhou como o acordo foi firmado. "Essa negociação foi feita no fim de julho. Nós já tínhamos o contrato assinado, mas dependíamos da marcação oficial da CBF para confirmar o local. Não havia sentido anunciar algo que ainda não tinha data definida. Depois que a CBF confirmou, tornamos público", explicou.
O assunto gerou grande repercussão entre os torcedores, que cobraram mais transparência sobre a operação. Yuri reconheceu que a comunicação poderia ter sido mais direta, mas destacou que o sigilo fazia parte do processo.
"Todo contrato tem cláusula de confidencialidade. Não podíamos divulgar antes da confirmação da data. E, de fato, houve um vazamento indevido de parte do documento. Mesmo assim, deixamos claro que o jogo seria em Pernambuco. Essa história de venda de mando nunca existiu", disse.
Sobre a escolha da Arena de Pernambuco, Yuri justificou que a decisão foi técnica e financeira. "A Ilha do Retiro não tem estrutura para comportar um jogo desse porte hoje. É uma questão operacional e de segurança também. E, financeiramente, é a maior receita de bilheteria da história do futebol pernambucano. Nenhum clube do Estado jamais teve R$ 3 milhões líquidos em um único jogo. Seria irresponsável abrir mão disso", declarou.
O presidente ainda comentou o impasse envolvendo a data inicial do confronto, marcada para 12 de novembro, quando já havia um evento privado agendado na Arena.
"Isso foi um desencontro de informações. O contrato do Sport foi assinado com antecedência e previa a realização do jogo na Arena, mas a data dependia da CBF. Quando surgiu o conflito, nós mesmos pedimos o ajuste, e agora o jogo está confirmado para o dia 15", esclareceu.
Encerrando o assunto, Yuri Romão reforçou que o clube seguirá utilizando a Arena em jogos de grande apelo e reafirmou o compromisso com a transparência nas decisões.
"A gente entende a reação do torcedor, é natural. Quero garantir que todas as decisões foram tomadas pensando no melhor para o Sport. A Arena é uma alternativa estratégica e financeiramente importante para o clube. E o mando de campo continua sendo nosso, do início ao fim."