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6 livros que trazem finais abertos para você interpretar

Os finais abertos podem gerar fascínio ou frustração, mas sempre transformam a leitura em uma experiência mais pessoal e envolvente

Por Bruna Oliveira Publicado em 07/09/2025 às 18:09

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Algumas histórias não oferecem respostas definitivas. Em vez de encerrar todos os pontos da trama, esses livros deixam perguntas no ar, convidando o leitor a refletir e criar sua própria interpretação.

Os finais abertos podem gerar fascínio ou frustração, mas sempre transformam a leitura em uma experiência mais pessoal e envolvente.

Selecionamos seis obras que se destacam justamente por esse recurso narrativo, onde o silêncio das últimas páginas fala tanto quanto as palavras.

1. A Estrada – Cormac McCarthy

Em A Estrada, acompanhamos pai e filho tentando sobreviver em um mundo devastado.

O final, marcado por esperança e perda ao mesmo tempo, não entrega uma resposta definitiva sobre o destino do menino, deixando espaço para diferentes leituras sobre a humanidade e a sobrevivência.

2. O Processo – Franz Kafka

A obra-prima de Kafka acompanha Josef K., acusado de um crime que nunca é explicado.

O Processo termina com um desfecho brutal, mas sem esclarecer de fato a culpa ou inocência do protagonista, reforçando a sensação de absurdo e opressão que permeia todo o livro.

3. Deixe a Neve Cair – John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle

Embora tenha três histórias interligadas, Deixe a Neve Cair aposta em finais que, apesar de doces, não amarram completamente o futuro dos personagens.

O leitor é quem deve imaginar se os romances resistirão ao tempo ou se ficarão apenas como lembranças de um Natal especial.

4. O Colecionador – John Fowles

Este thriller psicológico deixa o leitor com mais dúvidas do que respostas ao terminar.

Em O Colecionador, a incerteza sobre os próximos passos do protagonista e o destino das personagens desafia a expectativa de um encerramento claro, transformando o silêncio final em puro suspense.

5. A Redoma de Vidro – Sylvia Plath

Inspirado na própria vida da autora, A Redoma de Vidro mostra a luta de Esther contra a depressão.

O final sugere uma possibilidade de cura, mas nunca garante estabilidade ou felicidade plena, deixando no ar a fragilidade do equilíbrio mental da personagem.

6. Nunca Me Deixe Ir – Kazuo Ishiguro

Em Nunca Me Deixe Ir, o futuro dos protagonistas é inevitavelmente trágico, mas Ishiguro encerra a narrativa de modo contemplativo e aberto.

O leitor fica encarregado de refletir sobre os limites entre memória, amor e a aceitação da própria finitude.

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