Paço do Frevo recebe concerto internacional e CriptoFrevo com atividades culturais e tecnológicas
No dia 5, o museu recebe os Solistas da Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins; dia 11, a terceira edição da CriptoFrevo

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O Paço do Frevo, equipamento cultural da Prefeitura do Recife gerido pelo idg – Instituto de Desenvolvimento e Gestão, será palco de dois encontros neste começo de outubro que unem tradição, inovação e trocas culturais. No dia 5, o museu recebe os Solistas da Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins, em uma apresentação única com repertórios que cruzam o Atlântico entre o Choro e o Fado. Dia 11, tem CriptoFrevo, evento gratuito que conecta tecnologia, cultura popular e justiça ambiental, com a participação da diretora do Paço, Luciana Félix, na mesa de abertura.
No domingo (5), às 17h, o Paço do Frevo será palco do concerto dos Solistas da Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins (OPGB), que se apresentam ao lado da soprano Marina Pacheco. Formado pelos chefes de naipe da Orquestra, o sexteto reúne António Vieira (bandolim), Hugo Vieira Melo (bandolim), David Rodrigues (bandola), César Pinto (guitarra), Paulo Ramos (guitarra e guitarra portuguesa) e José Fidalgo (contrabaixo). O espetáculo “Choro Fado Canção Revolução” costura clássicos do Brasil e de Portugal, obras de mestres como Pixinguinha, um dos pilares da nossa música popular, e de compositores eternizados na voz de Amália Rodrigues, uma das maiores intérpretes do Fado.
O repertório passeia por canções como “Odeon” (Ernesto Nazareth), “Tico-Tico no Fubá” (Zequinha de Abreu), “Rosa” e “Carinhoso” (Pixinguinha), “Noites Cariocas” (Jacob do Bandolim), além de pérolas portuguesas como “Gaivota” (Alain Oulman/Alexandre O’Neill), “Barco Negro” (Piratini/David Mourão-Ferreira) e “Foi Deus” (Alberto Janes). A seleção inclui ainda obras de Carlos Paredes, mestre da guitarra portuguesa, e de Waldir Azevedo, referência do Choro brasileiro. Com carreira internacional consolidada, os Solistas da OPGB já se apresentaram em festivais e teatros de prestígio pela Europa. A vinda ao Recife representa um encontro entre tradições musicais irmãs, em diálogo vivo entre o Fado, o Choro e o Frevo que habita o museu.
CRIPTOFREVO — Dia 11 de outubro, das 9h30 às 19h, o Paço do Frevo recebe a terceira edição da CriptoFrevo, organizada pelo Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife (IP.rec). O evento promove reflexões sobre tecnologia, cultura popular e direitos humanos, com destaque para os desafios ambientais e digitais. Gratuito e aberto ao público, o encontro está com inscrições disponíveis em criptofrevo.ip.rec.br.
Em clima de COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a mesa de abertura, intitulada “Festejando Culturas Sustentáveis”, chega com a proposta de pensar como as práticas culturais podem inspirar respostas criativas e coletivas às crises ambientais contemporâneas, preservando memória, vitalidade e pluralidade dos territórios. Participam Luciana Félix (diretora do Paço do Frevo), a estilista Gaby Dantas, a advogada e gestora ambiental Bruna Albuquerque e o advogado e mobilizador social Vini Castelo, com mediação de Igor Travassos, comunicador e ativista pela justiça climática.
Ao longo do dia, a programação segue com outras atividades, como a trilha “Baile de Máscaras”, que aborda privacidade, segurança digital e criptografia, com oficinas voltadas para o enfrentamento à violência de gênero mediada por tecnologia e debates sobre disputas tecnogeopolíticas. Na trilha “Madeira de Lei” serão tratados assuntos de economia, cultura e direitos, trazendo à tona questões como taxação de bilionários, bigtechs e comunicação cultural em jogos digitais. Ainda na agenda, a trilha “Quatro Cantos” reúne três mesas com reflexões sobre cultura popular como inspiração para enfrentar crises ambientais, produção cidadã de dados com transparência ecológica e estratégias de proteção digital em cenários de alto risco.
Além dos debates, haverá a oficina infantil “Codifica Kids”, promovida pelo Instituto Aaron Swartz, que ensina crianças a criar mensagens e desenhos transmitidos como pacotes de dados. Também mostra audiovisual e apresentação de orquestra de Frevo para encerrar a programação, reafirmando a cultura popular como tecnologia de resistência.
PAÇO DO FREVO — O Frevo é patrimônio imaterial da humanidade pela Unesco e do Brasil pelo Iphan e um convite à celebração da vida. Em Pernambuco, o Paço do Frevo é seu lugar máximo de expressão. Reconhecido pelo Iphan como Centro de Referência em ações, projetos, transmissão, salvaguarda e valorização de uma das principais tradições culturais do nosso país, o museu atua nas áreas de pesquisa e formação em dança e música e na difusão das agremiações por meio da ativação de memórias, personalidades e linguagens artísticas.
O Paço do Frevo é um equipamento da Prefeitura do Recife, com iniciativa da Fundação Roberto Marinho e gestão do idg - Instituto de Desenvolvimento e Gestão. Por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, em 2025 o museu tem o papel de mantenedor do Nubank e Eletrobras, o patrocínio do Mercado Livre, Instituto Cultural Vale e SulAmérica, e o apoio do Itaú, White Martins, Globo e LATAM Airlines.
Serviço
Apresentação dos Solistas da Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins
Data: 5 de outubro de 2025 (domingo)
Horário: 17h
Ingresso: incluso no valor do ingresso do museu (R$ 10 e R$ 5 – meia)
CriptoFrevo
Data: 11 de outubro de 2025 (sábado)
Horário: 9h30 às 19h
Entrada: gratuita
Inscrições e informações: criptofrevo.ip.rec.br
Endereço: Paço do Frevo — Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife, Recife.
Horários: terça a sexta, 10h às 17h; sábado e domingo, 11h às 18h.
Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia), entrada gratuita às terças-feiras.
Site: pacodofrevo.org.br | Instagram: @pacodofrevo