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Fenearte 2025: Instituto Dimitri Andrade promove inclusão e autonomia de jovens com autismo através do artesanato

Instituto participa da 25ª Fenearte incluindo jovens com autismo como vendedores na modalidade de emprego apoiado. Feira ocorre de 9 a 20 de julho

Por Marilia Pessoa Publicado em 10/07/2025 às 17:31

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O Instituto Dimitri Andrade participa da 25ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) com objetivo de incluir jovens com autismo no mercado de trabalho através do artesanato.

A feira acontece de 9 a 20 de julho no Centro de Convenções de Pernambuco. Nela, os jovens com autismo atendidos pelo Instituto participam atuando como vendedores na modalidade de emprego apoiado.

O estande do Instituto fica na área da Rede Solidária, nº 585, próximo a praça de alimentação. Serão vendidos no local produtos artesanais de cerâmica assinados pelo ceramista Cláudio Neves, pai de uma criança autista.

O estande também vai comercializar camisas temáticas, acessórios e livros sobre autismo.

Na coleção de arte em cerâmica que foi feita especialmente para o evento, estão itens decorativos e utilitários da nova coleção Ecos da Inclusão, como vasos orgânicos, luminárias de mesa, travessas, esculturas de parede, pratos e boleiras.

“Através do barro e do fogo, eu busquei expressar o universo multifacetado do autismo. Cada peça carrega tons profundos de azul com detalhes únicos, refletindo as emoções, os silêncios e as descobertas de quem vive essa jornada. Na minha relação com o diagnóstico de autismo da minha filha, eu aprendi a valorizar a cada dia o que parece pequenas conquistas”, conta o artista Cláudio Neves.

Divulgação
Artista diz que inspiração da coleção são as vivências com a filha no espectro autista - Divulgação

A icônica xícara azul com alça em formato de quebra-cabeça, criada em 2024 em homenagem a Dimitri Andrade, jovem com autismo que inspirou a fundação do Instituto, também estará disponível.

Emprego apoiado

O emprego apoiado é uma estratégia que visa incluir pessoas com autismo e outras deficiências no mercado de trabalho. Ele oferece suporte contínuo para neurodivergentes alcançarem autonomia e metas profissionais.

Os jovens treinados no Instituto Dimitri Andrade ganham experiência de contato com o público na Fenearte, além do manuseio de produtos e rotina profissional.

“A prática do emprego apoiado traz benefícios amplamente comprovados para pessoas com autismo, como maiores taxas de inclusão, melhor qualidade de vida, ganhos cognitivos e sociais, além de impacto positivo na economia. O emprego também é uma questão de saúde. Prezamos por levar as terapias para além dos consultórios. Em mais um ano, nossos adolescentes e adultos com autismo serão os vendedores da loja do Instituto na Fenearte. Assim, promovemos inclusão, sociabilidade e autonomia”, explica a psicóloga Frínea Andrade, fundadora e diretora do Instituto Dimitri Andrade.

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