Coleção de cerâmica com temática sobre autismo é destaque na área solidária da Fenearte
Adolescentes e jovens com autismo participam da Fenearte atuando como vendedores e divulgando peças artesanais que abordam a inclusão de forma afetiva

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Na 25ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), que ocorre neste mês de julho, no Centro de Convenções de Pernambuco, a inclusão social e o protagonismo de jovens com autismo voltam a ganhar espaço.
Um grupo de adolescentes e jovens neurodivergentes participa do evento atuando como vendedores, por meio da metodologia de emprego apoiado — prática que oferece suporte contínuo para inclusão no mercado de trabalho.
O estande dedicado à iniciativa está localizado na área da Rede Solidária, de número 585, próximo à praça de alimentação, e oferece produtos artesanais que abordam, de forma simbólica, temas como o autismo e a inclusão.
Trabalho artesanal é produzido com cerâmica
As peças comercializadas foram desenvolvidas especialmente para a feira pelo ceramista Cláudio Neves, pai de uma criança com autismo.
Reconhecido internacionalmente por seus vasos para Bonsai, o artista criou a coleção Ecos da Inclusão, composta por luminárias, pratos, esculturas de parede, travessas, vasos, manteigueiras, molheiras e boleiras — todas em edição limitada.
Os itens utilizam tons de azul e formas orgânicas, remetendo aos símbolos associados ao espectro autista. “Através do barro e do fogo, eu busquei expressar o universo multifacetado do autismo. Na minha relação com o diagnóstico de autismo da minha filha, eu aprendi a valorizar a cada dia o que parece pequenas conquistas”, afirma o artista.
Também estará à venda a peça-símbolo lançada em 2024: uma xícara azul com alça em formato de quebra-cabeça, criada em homenagem ao jovem Dimitri Andrade, que inspirou a fundação do instituto que leva seu nome.
O estande ainda oferece camisas temáticas, acessórios e livros sobre autismo, inclusão e metodologias de apoio.
Experiência profissional e autonomia
O emprego apoiado é uma estratégia para promover a inclusão de pessoas com autismo e outras deficiências no mercado de trabalho.
Trata-se de uma metodologia que oferece apoio contínuo e personalizado para que pessoas neurodivergentes alcancem suas metas laborais, desenvolvam habilidades e ganhem autonomia.
Segundo dados do portal Autism Speaks, cerca de 85% da população adulta com autismo está desempregada, um cenário que o Instituto busca transformar por meio de ações práticas e articuladas.
Os jovens que participarão da Fenearte são previamente treinados no Instituto Dimitri Andrade como parte das terapias integradas oferecidas pela instituição.
O modelo vai além da exposição: proporciona experiências reais de contato com o público, manuseio de produtos e vivência de rotina profissional, além de geração de renda para os jovens.
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