Novo superintendente da Sudene destaca prioridade para Transnordestina em entrevista à Rádio Jornal
Superintendente terá como desafios a conclusão da ferrovia em Pernambuco e a retomada de projetos de trens de passageiros; saiba mais

O economista Francisco Ferreira Alexandre assumiu a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em substituição a Danilo Cabral, e concedeu entrevista à Rádio Jornal na manhã desta terça-feira (26).
O superintendente terá como desafios a conclusão da Ferrovia Transnordestina em Pernambuco, a retomada de projetos de trens de passageiros e o fortalecimento da autarquia como instrumento de superação das desigualdades regionais.
A retomada do ramal pernambucano da Transnordestina foi colocada como compromisso central da nova gestão.
Alexandre ressaltou que o atual governo federal reinseriu na pauta o trecho que liga Petrolina e Salgueiro a Recife e ao Porto de Suape, retirado em administrações anteriores.
Segundo ele, a meta é garantir a conclusão integral da obra, que considera essencial para interligar “do cais ao sertão” e promover desenvolvimento econômico.
“Na nossa pauta, esse tema não sairá. É uma discussão estratégica para Pernambuco e para nós, para que a obra seja concluída no todo, porque ela gera desenvolvimento, traz crescimento, gera a interligação aqui, como a gente diz, do cais ao sertão”, afirmou.
Para evitar disputas entre estados, Alexandre afirmou que já iniciou diálogos com autoridades do Ceará e que pretende se reunir com o governador cearense.
“Não há que se fazer discussão de disputa entre um estado e outro. Nós temos que tratar e discutir a implementação da estratégia, que é a conclusão total da Transnordestina”, frisou.
De acordo com ele, a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Pernambuco está prevista até outubro, quando devem ser anunciados detalhes sobre o financiamento do trecho pernambucano.
Metas para a Sudene
Francisco Alexandre também apresentou uma visão de fortalecimento da Sudene, inspirada nas ideias de Celso Furtado, criador da autarquia em 1959.
“O desafio, na minha compreensão, é dar curso a um trabalho feito nos últimos dois, três anos, de tornar a superintendência uma referência na produção, na criação e oferta de oportunidades, de gerar projetos, de poder subsidiar a produção e a indústria”, disse.
O novo superintendente destacou ainda a missão de reduzir desigualdades econômicas na região.
“Fazer o que Celso Furtado dizia, porque nós temos desigualdades, temos diferenças do ponto de vista econômico e de riqueza que precisamos superar”, completou.
Entre as metas, está ampliar o reconhecimento da Sudene e garantir que “cada cidade do interior da região possa se desenvolver e gerar emprego”.
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