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Brasil anuncia aporte de US$ 1 bilhão do para fundo global de florestas tropicais

Presidente convidou países a se juntarem à iniciativa, que busca levantar US$ 125 bilhões para remunerar nações que mantiverem suas florestas em pé

Por JC Publicado em 23/09/2025 às 22:08

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Em um movimento para assumir a liderança global na pauta ambiental, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira (23), em Nova York, que o Brasil fará um aporte inicial de US$ 1 bilhão no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês).

O Brasil é o primeiro país a se comprometer financeiramente com a iniciativa.

O anúncio foi feito durante durante o diálogo de apresentação da ferramenta promovido pelo Brasil e o secretariado das Nações Unidas. "O Brasil vai liderar pelo exemplo e se tornar o primeiro país a se comprometer com investimento no fundo de US$ 1 bilhão", ressaltou o presidente brasileiro.

Na ocasião, Lula convidou outros países a apresentarem "contribuições igualmente ambiciosas" para que o fundo possa entrar em operação na COP30, a cúpula do clima que será realizada em Belém, em novembro.

Como vai funcionar o fundo?

Idealizado pelo governo brasileiro, o TFFF é um fundo misto, com capital público e privado, que funcionará em um modelo de "pagamento por preservação". A ideia é criar um mecanismo financeiro que remunere os países que conseguirem manter suas florestas tropicais preservadas.

A meta é ousada: levantar US$ 25 bilhões em investimentos de governos para, com esse valor, atrair capital privado e alavancar um fundo total de US$ 125 bilhões. Os dividendos gerados seriam repartidos anualmente entre os investidores e os países que cumprirem as metas de conservação.

"O TFFF vai mudar o papel dos países de florestas tropicais no enfrentamento da mudança do clima por meio de incentivos econômicos reais", afirmou Lula, destacando que não haverá solução "sem o protagonismo de quem vive" nas florestas.

Superando o "gap" de financiamento

Especialistas apontam que a iniciativa pode triplicar o volume de recursos anuais para a conservação na Amazônia. Atualmente, existe uma lacuna de financiamento de US$ 7 bilhões por ano na região, com a ajuda internacional cobrindo apenas cerca de 10% desse valor.

O novo fundo busca tornar a preservação uma atividade economicamente mais vantajosa que os modelos de desenvolvimento predatórios.

(Com informações do Estadão Conteúdo).

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