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Assembleia Geral da ONU: entenda para quê serve e por que o Brasil é o primeiro país a falar

Criada em 1945, a Assembleia Geral reúne anualmente 193 estados-membros para debater temas cruciais para a comunidade internacional

Por Kevin Paes Publicado em 23/09/2025 às 17:03 | Atualizado em 23/09/2025 às 22:17

A cada ano, em setembro, líderes mundiais se reúnem em Nova York para a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o principal órgão deliberativo e representativo da instituição. Fundada em 1945 com a Carta das Nações Unidas, a Assembleia serve como um palco central para a formulação de políticas globais e o desenvolvimento do direito internacional.

A reunião de 2025, por exemplo, marcará os 80 anos da ONU e terá como pauta assuntos prioritários como os conflitos em Gaza e na Ucrânia, a defesa da democracia e o meio ambiente.

Ouça a matéria em áudio:

Funções e estrutura da Assembleia

A Assembleia Geral da ONU se reúne regularmente de setembro a dezembro, mas pode convocar sessões extraordinárias quando necessário. Nela, cada um dos 193 estados-membros tem direito a um voto, garantindo um princípio de igualdade na deliberação. Entre suas principais responsabilidades, de acordo com a Carta das Nações Unidas, estão:

  • Analisar e aprovar o orçamento da ONU;
  • Eleger os membros não permanentes do Conselho de Segurança e de outros conselhos e órgãos da ONU;
  • Nomear o secretário-geral, seguindo a recomendação do Conselho de Segurança;
  • Discutir qualquer questão relacionada à paz e à segurança internacionais.

Durante os debates gerais, cada país tem um limite de tempo voluntário de 15 minutos para seu discurso. A ordem de fala dos demais membros é definida por critérios como nível de representação, preferência e equilíbrio geográfico.

O protagonismo brasileiro na abertura

Uma das tradições mais conhecidas da Assembleia Geral é o fato de o Brasil ser sempre o primeiro país a discursar. Segundo o site oficial das Nações Unidas, essa prática começou nos primeiros anos do evento, quando o Brasil se voluntariava para falar, enquanto outros países se mostravam relutantes.

Com o tempo, o gesto se consolidou como uma tradição. Desde a 10ª sessão, em 1955, o Brasil tem discursado primeiro, com raras exceções.

Existem outras teorias que tentam explicar essa primazia. Uma delas sugere que a posição foi oferecida como um "prêmio de consolação" por o Brasil ter ficado de fora do Conselho de Segurança. Outra hipótese é que o país foi escolhido por ser considerado neutro, evitando assim o aumento da tensão entre os Estados Unidos e a então União Soviética. Contudo, a teoria mais aceita é a de que o Brasil simplesmente se voluntariava para a tarefa.

Como país anfitrião da sede da ONU, os Estados Unidos geralmente são o segundo país a se dirigir à Assembleia.

*Texto gerado com auxílio de IA a partir de conteúdo autoral da Rádio Jornal com edição de jornalista profissional

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