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EUA sancionam Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky

Nome do ministro do STF aparece em publicação do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros; medida teria relação com inquérito contra Bolsonaro

Por Thiago Seabra Publicado em 30/07/2025 às 13:56

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky, utilizada pelos Estados Unidos, nesta quarta-feira (30).

A decisão foi anunciada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), órgão ligado ao Departamento do Tesouro norte-americano.

Nome citado após revogação de vistos de ministros do STF

No dia 18 de julho, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, já havia anunciado a revogação de vistos de entrada no país de ministros do STF e seus familiares. À época, Moraes foi citado nominalmente nas declarações oficiais.

Segundo Rubio, a medida estava relacionada ao inquérito no qual o STF tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) réu por suposta tentativa de golpe de Estado, após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.

A atitude do governo americano ocorreu poucas horas depois que a Polícia Federal (PF), por ordem do próprio Moraes, cumpriu mandados de busca e apreensão na residência de Jair Bolsonaro e na sede do PL, em Brasília.

Na mesma decisão, o ministro impôs ao ex-presidente o uso de tornozeleira eletrônica e o proibiu de usar redes sociais e de falar com seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro.

O que é a Lei Magnitsky?

A Lei Magnitsky é um mecanismo criado pelos Estados Unidos com o objetivo de aplicar sanções a cidadãos estrangeiros envolvidos em casos graves de corrupção ou em violações de direitos humanos.

A legislação foi aprovada em 2012, durante a gestão do então presidente Barack Obama.

Ela teve origem após o caso do advogado Sergei Magnitsky, que morreu sob custódia após denunciar um esquema de corrupção ligado ao governo da Rússia.

Em 2016, a lei passou por uma ampliação e passou a permitir a aplicação das sanções a indivíduos de qualquer parte do mundo, o que lhe rendeu o apelido de “pena de morte financeira”.

Apesar de não se tratarem de punições penais, as restrições previstas impedem que os alvos entrem em território norte-americano ou mantenham contas bancárias e transações financeiras dentro do país.

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