Promotor diz que pichações do Comando Vermelho no Grande Recife são para 'intimidar', mas 'sem domínio de área'
Integrante do Gaeco reforçou ainda que não há territórios pernambucanos dominados por facções. 'A gente consegue mapear onde elas estão'
 
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Em meio ao medo de moradores de algumas localidades do Grande Recife que visualizam pichações com as iniciais da facção carioca Comando Vermelho (CV), alvo de megaoperação com 121 mortos no Rio de Janeiro na terça-feira (28), promotores de Justiça reafirmaram que imagens são significam que áreas estão sendo dominadas pelos criminosos.
"Essas pichações são feitas para a população se preocupar. É uma forma de propagar, intimidar. O fato de pichar não significa que ele [facção] domina aquela área", afirmou o promotor Fabiano Beltrão, membro do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
A mesma declaração já havia sido dada pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Ivanildo Torres, na semana passada. Ele confirmou que imagens foram vistas em bairros como Nova Descoberta, Casa Amarela e Vasco da Gama, todas na capital, mas que a própria PM apaga e reforça a segurança, evitando que grupos ditem ordens aos moradores - como ocorre no Rio.
FACÇÕES NÃO DOMINAM TERRITÓRIOS PERNAMBUCANOS, REFORÇA PROMOTOR
O promotor Fabiano Beltrão reconheceu que membros de facções nacionais como Primeiro Comando da Capital (PCC) e CV estão presentes no Estado, mas reforçou que não há territórios dominados por pelo crime organizado.
"A situação aqui é completamente distinta do Rio. Lá, 90% da capital é tomada por facções. Não há ocupação massiva desses grupos em território pernambucano. A gente consegue, no Estado, mapear onde esses grupos estão para evitar o domínio de localidades", disse.
 
		
A afirmação foi compartilhada pelo promotor Edeilson Lins. Ele explicou que há um mapeamento das organizações criminosas presentes no Estado e que, por isso, o MPPE reforçou as investigações com a implementação de unidades do Gaeco no interior.
Pelo menos 11 operações contra o crime organizado foram realizadas com participação do Gaeco ao longo de 2025.
 
                         
                                                                                             
                                                                                    
                                            