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'Até a espinha dorsal do tráfico sem colocar inocentes em risco', diz Lula sobre crise no Rio

Presidente determinou que Ministro da Justiça e Diretor da PF fossem ao Rio; em reunião posterior, Lewandowski e Castro anunciaram cooperação

Por Túlio Feitosa Publicado em 29/10/2025 às 22:08

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou, nesta quarta-feira (29), sobre a megaoperação policial no Rio de Janeiro que resultou em mais de 100 mortes. Em nota, o presidente defendeu a necessidade de um "trabalho coordenado" contra as facções, mas com foco em preservar vidas inocentes.

"Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades", afirmou Lula.

A manifestação do presidente veio após uma reunião com ministros no Palácio do Planalto. Na sequência, ele determinou que o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o diretor-geral da Polícia Federal viajassem imediatamente ao Rio para um encontro com o governador Cláudio Castro.

Estratégia: Foco na "espinha dorsal"

Lula delineou a estratégia que considera ideal para o combate ao crime. "Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco", destacou.

Ele citou como exemplo positivo uma operação realizada em agosto, que mirou o "coração financeiro" de uma grande quadrilha, e voltou a defender a PEC da Segurança Pública como ferramenta para integrar as diferentes forças policiais.

Reunião no Rio e Cooperação

A ordem de Lula foi cumprida. Lewandowski e o diretor da PF se reuniram com Cláudio Castro (PL) ainda nesta quarta-feira. Após a reunião, que ocorreu um dia depois de uma troca de farpas entre o ministro e o governador sobre a falta de pedido de apoio federal para a operação, ambos buscaram demonstrar alinhamento e anunciaram um reforço na cooperação para a segurança do estado.

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