Segurança | Notícia

Mais um preso é achado morto na nova unidade do Complexo do Curado, no Recife

Homicídio foi confirmado, na manhã desta quarta-feira (25), pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização. Polícia apura o caso

Por Raphael Guerra Publicado em 25/06/2025 às 12:27 | Atualizado em 25/06/2025 às 16:52

Pouco mais de um mês após o assassinato de um detento por asfixia, outro foi encontrado morto de forma semelhante no Presídio Policial Penal Leonardo Lago, que faz parte do Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife. 

O homicídio, descoberto na manhã desta quarta-feira (25), foi confirmado por meio de nota pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco (Seap). 

"As apurações estão em andamento e todos os procedimentos legais e administrativos cabíveis foram imediatamente adotados, incluindo a comunicação às autoridades policiais competentes e a instauração de procedimento interno para apuração detalhada dos fatos e de eventuais responsabilidades", disse o breve texto da secretaria.

A vítima foi identificada como Jailson Paixão Nascimento Filho, de 29 anos. De acordo com o delegado Victor Leite, do plantão do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a vítima foi encontrada morta em uma cela do pavilhão "E". 

Dois colegas de cela confessaram o crime, foram autuados em flagrante por homicídio e retornaram à unidade prisional. 

O novo caso evidencia a falta de segurança nas unidades prisionais para evitar assassinatos. O número de policiais penais segue muito abaixo do esperado, enquanto há 634 - já formados - aguardando as nomeações. 

PRESÍDIO RECÉM-INAUGURADO É MARCADO POR MORTES

O Presídio Policial Penal Leonardo Lago foi entregue em dezembro de 2024, mas só começou a ser ocupado a partir de março deste ano. Oficialmente, trata-se da segunda morte registrada desde então. 

A primeira foi registrada em 22 de maio, quando policiais penais chegaram à cela e foram avisados por outros detentos que Otacílio Alves Frutuozo estava morto

A investigação da Polícia Civil indicou que a vítima recebeu um "mata-leão" e um pano foi colocado na boca dele para provocar a asfixia. Depois, teve o pescoço quebrado.

Sete detentos respondem pelo crime de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, crime cometido por asfixia e mediante recurso que impossibilitou defesa da vítima). 

A investigação indicou que eles cometeram o crime porque queriam ser transferidos para outra unidade prisional devido às regras regras mais rígidas e proibição de chaveiros no novo presídio. 

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