Metrô do Recife para por 24 horas em protesto contra privatização durante visita de Lula
Metroviários cobram promessa de campanha do presidente e espalham outdoors pela cidade; paralisação, que começa às 22h desta quarta (13)

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O metrô do Recife determinou uma paralisação de 24 horas na noite desta quarta-feira (13), em um protesto direto contra o plano de privatização do sistema. A greve, aprovada em assembleia na Estação Central, foi estrategicamente marcada para coincidir com a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à capital pernambucana.
A paralisação total dos trens foi marcada para começar às 22h desta quarta e seguirá até as 22h desta quinta-feira (14).
O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) afirma que a mobilização é um "recado" para o presidente Lula, cobrando o cumprimento de uma promessa de campanha de 2022, na qual ele teria se comprometido a não privatizar o Metrô do Recife.
"Não se trata apenas de uma pauta corporativa. Estamos falando do direito da população ao transporte público de qualidade. Privatizar o metrô é aumentar tarifas, precarizar o serviço e excluir quem mais precisa dele", afirmou Luiz Soares, presidente do Sindmetro-PE. "Nossa luta é para que essa palavra seja honrada", completou.
Campanha nas ruas
Além da greve, o sindicato iniciou uma campanha de mídia externa. Outdoors e painéis de LED foram instalados em pontos estratégicos do Recife com mensagens diretas ao presidente, como "Lula, cumpra sua promessa" e alertas sobre o aumento da passagem, citando o exemplo de Belo Horizonte, onde a tarifa subiu para R$ 5,80 após a privatização.
A categoria informou que permanece em "estado de greve", o que significa que novas paralisações podem ser convocadas a qualquer momento, a depender dos próximos passos do governo federal em relação ao futuro do metrô.
Lula no Recife
O presidente Lula (PT) chega ao Recife nesta quinta-feira (14), quando participará de um evento voltado para a regularização fundiária em Brasília Teimosa, ao lado do prefeito João Campos (PSB).
O representante da causa afirma que é possível que eles realizem uma passeata ou se reúnam no local onde o presidente estará, a fim de pedir melhorias e investimentos.