Estudantes de Igarassu conquistam ouro na Olimpíada Brasileira de Foguetes
Os estudantes retornaram à comunidade e foram recepcionados com um desfile em viatura do Corpo de Bombeiros, aplausos e muita festa em frente à escola
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“Quando o foguete subiu e alcançou aquela altura, a gente quase não acreditou. Foi uma mistura de alegria e orgulho, porque representamos nossa escola, nossa comunidade e nosso estado”, descreveu Olavo Cândido, estudante do 9º ano e líder da equipe que conquistou o 1º lugar na Olimpíada Brasileira de Foguetes (OBAFOG), durante a 79ª Jornada de Foguetes, realizada no Rio de Janeiro.
O estudante contou ainda que nunca imaginou que um projeto realizado no laboratório do Centro de Educação Integral Evangelina Delgado de Albuquerque, localizado no distrito de Três Ladeiras, zona rural de Igarassu, pudesse chegar tão longe.
A equipe campeã foi formada, além de Olavo, pelas alunas Edelly Nayane e Késia Rayane. Sob a orientação do professor Sérgio Botelho e da coordenadora Ana Carolyna Cristóvão, eles conseguiram projetar um foguete artesanal que atingiu 229,6 metros de alcance, garantindo a medalha de ouro para Pernambuco.
“A gente aprendeu que a ciência é para todos e que, mesmo morando longe da cidade, podemos alcançar o espaço”, disse Edelly.
Recepeção da equipe campeã
Na última sexta-feira (7), os estudantes retornaram à comunidade e foram recepcionados com um desfile em viatura do Corpo de Bombeiros, aplausos de colegas e moradores, e muita festa em frente à escola.
“Esses jovens mostram que talento e dedicação existem em todos os lugares. O que faz a diferença é a oportunidade. Quando o ensino desperta a curiosidade e dá espaço para a experimentação, os resultados aparecem”, afirmou Ana Carolyna Cristóvão, coordenadora pedagógica do CEI Evangelina Delgado.
Outro destaque da competição foi a Escola Fernando Henrique Lucena, também de Igarassu, que conquistou o 2º lugar nacional na OBAFOG.
Joves talentos da Astronomia e Astronáutica
A OBAFOG é promovida pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), com o objetivo de popularizar a ciência e incentivar jovens talentos nas áreas de Astronomia e Astronáutica.
Para o monitor educacional Pedro Henrique, que acompanha o desenvolvimento das turmas no Laboratório 7.0 do Sistema de Ensino Dulino, o prêmio é uma prova de que a curiosidade é o ponto de partida para qualquer descoberta.
“O mais bonito é ver o brilho nos olhos dos alunos quando percebem que são capazes de construir algo que voa, literalmente. Eles entenderam na prática conceitos de propulsão, ângulo de lançamento e aerodinâmica, mas, acima de tudo, descobriram que a ciência é acessível, divertida e transformadora”, destacou o monitor.