MEC anuncia 5 mil vagas em novos cursos de tecnologia e inovação nas universidades federais

Programa Universidades Inovadoras e Sustentáveis é voltado a fortalecer o papel das universidades federais como polos de inovação e sustentabilidade

Por Mirella Araújo Publicado em 07/10/2025 às 13:58 | Atualizado em 07/10/2025 às 14:25

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A abertura oficial da 5ª Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica, realizada nesta terça-feira (7), na Arena BRB Mané Garrincha, foi marcada pela assinatura do termo de lançamento do Programa Universidades Inovadoras e Sustentáveis.

A iniciativa é do Ministério da Educação (MEC), em parceria com o Plano de Transformação Ecológica (MF), a Nova Indústria Brasil (MDIC), a Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

O programa é voltado a fortalecer o papel das universidades federais como polos de inovação e sustentabilidade.

Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, o programa é fruto de uma discussão realizada junto com os reitores das universidades federais sobre a necessidade de ofertar cursos mais conectados com o mundo do trabalho e suas novas tecnologias — a exemplo da Inteligência Artificial (IA).

“As universidades estão oferecendo, a partir de agora, um novo programa STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) com novos cursos nas áreas de biotecnologia, robótica e inteligência artificial”, anunciou Santana durante o evento de abertura, que também contemplou o início do Festival Internacional de Inovação e Sustentabilidade da Indústria – Curicaca, promovido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e realizado dentro da Semana Nacional.

 

Ainda de acordo com o ministro, durante coletiva concedida à imprensa, a ideia do Programa Universidades Inovadoras e Sustentáveis é ofertar, neste primeiro momento, cinco mil vagas para cursos que irão contemplar estas áreas de interesse.

No entanto, ainda não foi divulgado quais instituições serão contempladas, nem detalhes sobre a distribuição dessas vagas. O que já foi antecipado por Camilo Santana é que a maior parte será destinada ao nível superior e o restante ao nível técnico.

“Cada um está definindo quais serão os novos cursos, mas nós já estamos autorizando vagas para a contratação de novos professores. Nós queremos abrir alguns cursos agora já no Enem, para que nossos estudantes possam escolher o que vão cursar a partir do ano que vem”, disse.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será realizado nos dias 9 e 16 de novembro.

Orçamento previsto e diálogo com o setor produtivo

Diante dos apelos feitos pelas universidades federais sobre a recomposição orçamentária — e, por consequência, das dificuldades enfrentadas pelas instituições, que têm realizado uma série de medidas de contenção e racionalização administrativa para garantir o funcionamento até o fim deste mês, conforme previsão divulgada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) no início de julho —, a coluna Enem e Educação questionou o ministro sobre a ordem de investimento do novo programa.

“O valor de aporte será praticamente para a contratação de novos professores, e os custos estão sendo definidos. Serão cinco mil vagas, então ainda vamos definir quais universidades e quais cursos serão ofertados em cada região. O investimento que vamos fazer agora é mais em pessoal, utilizando a infraestrutura que já temos nas nossas universidades”, reforçou Santana.

Além disso, a coluna também questionou como a iniciativa pretende dialogar com o setor industrial para absorver esses estudantes após a formação.

Segundo o MEC, será aberto um edital com foco na aceleração dos núcleos de inovação tecnológica das universidades federais. “Nós temos 20 núcleos de inovação tecnológica e vamos reforçá-los agora com recursos para que a gente possa fortalecê-los, porque é quem se relaciona com o setor privado e o setor produtivo brasileiro”, explicou.

Também foi criado um Grupo de Trabalho (GT) para promover uma nova discussão sobre a relação entre as fundações e as próprias universidades.

“De que forma podemos modernizar as fundações e agilizar os investimentos do setor privado nas nossas universidades. Como acontece em muitas fundações nos Estados Unidos e em vários países do mundo”, completou o ministro da Educação.

“É bom lembrar que as nossas universidades federais desse país são responsáveis por 90% das pesquisas científicas, e muitas delas são desenvolvidas para atender o mercado, o setor produtivo”, destacou.

 

*A títular da coluna Enem e Educação viajou a convite do Ministério da Educação (MEC)

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