Vergonha faz bem? Ciência explica por que o constrangimento é essencial
Neurocientistas revelam que se sentir envergonhado pode fortalecer laços sociais e até proteger sua reputação! Você concorda com isso?

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Imagine:
Você tropeça no primeiro dia de trabalho. Derruba o café numa reunião importante. Esquece o nome de alguém que acabou de se apresentar.
Todos esses momentos têm algo em comum: o constrangimento. E, segundo a ciência, isso pode ser mais positivo do que você imagina!
Sentir vergonha faz bem?
De acordo com pesquisadores entrevistados pela plataforma The Conversation, o sentimento de vergonha tem raízes profundas no cérebro e cumpre um papel social essencial. Embora seja desconfortável, o constrangimento nos torna mais conscientes das regras coletivas e ajuda a manter conexões interpessoais saudáveis.
A sensação surge a partir de uma reação em cadeia que envolve áreas como a amígdala, o córtex pré-frontal medial e o giro temporal superior.
Esses circuitos neuronais processam não apenas a percepção de falhas sociais, mas também o impacto que isso pode ter na forma como os outros nos veem.
Na prática, isso significa que o constrangimento funciona como um sistema de alarme interno: ele sinaliza que algo saiu dos trilhos e ativa um comportamento de reparo. Um pedido de desculpas, um sorriso tímido ou até o rubor no rosto mostram que reconhecemos o erro e isso costuma gerar empatia.
Além disso, estudos indicam que pessoas que demonstram vergonha com autenticidade são percebidas como mais confiáveis, humanas e empáticas. Ou seja, a vergonha não afasta. Pelo contrário: aproxima.
A conclusão dos cientistas é clara. Por mais incômodo que seja cair na frente de todo mundo ou confundir nomes em público, o constrangimento pode ser uma ferramenta poderosa de conexão. Em vez de fugir dele, talvez a melhor resposta seja aceitá-lo com humor e seguir em frente, mais consciente e mais humano.
As informações foram compartilhadas na Revista Galileu.