Itália enfrenta crise com excesso de turistas em cidades populares
Levantamento aponta Rimini, Veneza e Bolzano como os destinos mais afetados; estudo alerta para risco à qualidade de vida e sustentabilidade

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Rimini, Veneza e Bolzano lideram a lista das cidades italianas mais impactadas pelo “overtourism”, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Instituto Demoskopika.
O estudo, baseado no Índice Global de Superlotação Turística (Icst), mapeia os efeitos negativos da presença excessiva de visitantes em diferentes regiões do país.
Excesso de turistas
Com indicadores que avaliam desde densidade de turistas até produção de resíduos, o levantamento mostra que a superlotação turística já se tornou um problema estrutural em destinos famosos da Itália. Rimini, conhecida como a “rainha do verão”, registrou mais de 17 mil visitantes por quilômetro quadrado e bateu recorde nacional na produção de lixo: 76,8 quilos de resíduos por turista. Veneza vem logo atrás, com quase 16 mil visitantes por km².
Bolzano, por sua vez, lidera em intensidade turística, com 69 turistas para cada morador. A cidade aparece como destaque negativo, superando até mesmo destinos mundialmente conhecidos, como Roma e Milão.
Já regiões como Benevento, Avellino e Campobasso continuam à margem do turismo de massa, apresentando impacto mínimo sobre a infraestrutura local.
O estudo ainda alerta para as consequências do turismo descontrolado, que afeta diretamente a qualidade de vida das populações residentes. “É uma prioridade nacional. Quando o turismo passa a ser uma fonte de estresse ambiental, social e urbano, ele deixa de ser uma riqueza”, afirmam os especialistas do Demoskopika.
Entre as soluções apontadas estão a regulação de fluxo em períodos de pico, incentivo ao turismo fora da alta temporada e valorização de destinos alternativos. “Só assim o setor pode continuar sendo um recurso econômico sem se tornar um risco para as gerações futuras”, conclui o relatório.
A informação é do portal Terra Notícias.