Curso no Recife capacita profissionais para identificar sinais de autismo através de alterações motoras
Curso é voltado para terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, educadores, acompanhantes terapêuticos e outros profissionais

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O curso “Alterações Motoras, Autismo e Cotidiano: Avaliação e Intervenção”, voltado para capacitação de profissionais para identificar sinais precoces e promover inclusão, será ofertado de 20 e 21 de setembro no Recife.
De acordo com as terapeutas ocupacionais Kelly Lins e Manuella Maciel, as alterações motoras podem ser um dos primeiros sinais do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças.
Entre alguns desses indícios, está a dificuldade no controle postural, na coordenação motora e no equilíbrio. Vários sinais acabam sendo, muitas vezes, negligenciados em ambientes como a casa e a escola.
Quando há dificuldades no planejamento motor, atividades simples como amarrar sapatos, se vestir ou escrever são afetadas. A falta de equilíbrio pode atrapalhar as aulas de educação física e dificultar a locomoção.
Outros sinais comuns são a hipotonia (baixo tônus muscular), alterações na postura e padrões de movimento atípicos. A falta de percepção corporal e a ausência de uma intervenção precoce podem impactar no desenvolvimento da criança.
“Queremos alertar que uma dificuldade motora não é apenas aquela criança que não andou ou não engatinhou. Muitas vezes, isso não está claro nem para os profissionais da infância. Precisamos aprender a observar o movimento como uma variável que pode interferir em aspectos cognitivos, emocionais e sociais”, explica Manuella Maciel.
Sobre o curso
Com o objetivo de compartilhar conhecimentos com educadores e profissionais de terapia ocupacional, foi lançado no Recife o curso “Alterações Motoras, Autismo e Cotidiano: Avaliação e Intervenção”.
As aulas, ministradas pelas terapeutas ocupacionais Kelly Lins e Manuela Maciel, acontecem presencialmente nos dias 20 e 21 de setembro. A formação abordará a integração sensorial, o Conceito Bobath e a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) da Organização Mundial da Saúde.
O curso propõe uma reflexão sobre como os profissionais podem ajudar a incluir crianças neurodivergentes na sociedade.
“Identificar precocemente as alterações motoras é fundamental para que possamos intervir no momento certo, com estratégias que façam sentido para a vida da criança e sua família, promovendo o verdadeiro sentimento de pertencimento”, destaca Kelly Lins.
O curso será realizado no Empresarial Pernambuco Corporate, Sala 605, na Praça Miguel de Cervantes, 60, Ilha do Leite, Recife.
As inscrições devem ser feitas no site.