Política | Notícia

Zema descarta ser vice de Tarcísio e diz que manterá candidatura presidencial

Governador de Minas afirmou que só abrirá mão da disputa se Bolsonaro puder concorrer; ele também defendeu anistia e indulto ao ex-presidente

Por JC Publicado em 02/10/2025 às 10:54

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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afastou nesta quinta-feira (2) a possibilidade de integrar como vice uma eventual chapa presidencial ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Em entrevista à Rádio Eldorado, Zema reiterou que é pré-candidato ao Palácio do Planalto e que apenas abrirá mão da disputa se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) puder concorrer — hipótese hoje inviável, já que Bolsonaro está inelegível e condenado no processo da tentativa de golpe.

“Apoiarei o Tarcísio no segundo turno. O candidato da direita que for para o segundo turno terá meu total apoio”, declarou o governador mineiro, destacando que manterá sua candidatura mesmo que Bolsonaro decida apoiar outro nome.

Encontro em São Paulo

A fala ocorre um dia após a reunião de Zema com Tarcísio no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. O governador paulista reafirmou ao colega mineiro que disputará a reeleição no estado, afastando, por ora, qualquer intenção de se lançar ao Planalto.

No mês passado, o vice-governador de Minas, Mateus Simões (Novo), havia defendido que Zema reconsiderasse sua candidatura caso Tarcísio decidisse disputar a presidência.

Zema, no entanto, reforçou que concorda com a escolha do aliado.

“Tarcísio tem deixado claro que ele é candidato à reeleição e eu concordo. Deixar de lado uma reeleição garantida para tentar algo incerto e ainda deixar São Paulo aberto a um eventual candidato de esquerda não é algo que deva se arriscar, na minha opinião”.

Indulto e anistia a Bolsonaro

Na entrevista, Zema também afirmou que, se eleito, concederá indulto imediato a Jair Bolsonaro. Ele defendeu ainda a anistia ao ex-presidente e às pessoas condenadas pelos atos de 8 de Janeiro.

“Se não for possível, que seja feita uma dosimetria de 90% para cima com relação à pena, para que essa questão também seja resolvida rapidamente”, disse.

O governador argumentou que o Brasil já concedeu anistia no passado a crimes graves e que, em sua avaliação, os atos golpistas recentes não se comparam.

“O Brasil já deu anistia a assaltantes de bancos, sequestradores e assassinos. Temos que considerar que o que tivemos agora recentemente foi uma pequena fração das atrocidades que foram feitas lá atrás”, acrescentou.

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