Justiça mantém Joãozinho Tenório na liderança do PRD na Alepe e impasse sobre CPI continua
Decisão da 20ª Vara Cível da Capital negou recurso da direção estadual do partido, que tentava oficializar Júnior Matuto na liderança do PRD na Alepe

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O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) manteve a decisão que garante o deputado Joãozinho Tenório como líder do PRD na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Decisão da 20ª Vara Cível da Capital negou recurso da direção estadual do partido, que tentava oficializar Júnior Matuto na liderança. Com a nova decisão judicial, o impasse em torno da CPI da Publicidade continua, com a oposição perdendo espaço e uma presença maior da base governista.
Em contato com o JC, Joãozinho Tenório afirmou que o entendimento da Justiça confirma que a escolha do líder de bancada deve ser feita em reunião entre os parlamentares, e não por decisão unilateral do presidente estadual da legenda.
“O estatuto do partido é muito claro quando diz que a escolha do líder tem que ser feita em reunião entre os deputados que fazem parte da Assembleia”, afirmou.
"O PSB fez a jogada às pressas e não soube combinar"
O deputado argumentou que a tentativa de validar o nome de Júnior Matuto no PRD atendeu a "caprichos" do PSB. No último mês, Júnior Matuto e outros dois deputados deixaram o PSB para se filiar e assumir lideranças de partidos da base governista na Alepe, visando aumentar a presença da oposição na CPI. De acordo com Joãozinho, o PSB "não soube combinar a jogada".
“Que fique claro que, para a composição, eles procuraram a todo tempo atender os caprichos do PSB. Mas o PSB, quando fez essa jogada, fez às pressas e não soube combinar”, disse.
Ainda de acordo com Joãozinho, a insistência em manter as indicações questionadas mostra que o processo da CPI nasce com "vícios ilegais".
“Isso mostra, mais uma vez, e reforço o que venho dizendo sempre, que essa CPI do PSB já nasce com vícios comprovadamente ilegais”, declarou.
CPI indefinida
Apesar da nova decisão judicial, Joãozinho reconhece que ainda há indefinição sobre os rumos da CPI. Ele defende que a Mesa Diretora da Alepe retome a situação original, anterior aos ofícios contestados, para que cada partido faça suas indicações dentro do prazo regimental.
“A gente está aguardando a presidência da Casa saber que posição vai ser tomada. Porque, no meu entendimento, tem que voltar àquela condição dos 10 dias anteriores para que cada partido faça sua indicação, como a gente fez”, disse.
O parlamentar também classificou a CPI como uma tentativa de desgastar a governadora Raquel Lyra (PSD).
“Não tem o que se investigar. Na verdade, é apenas para gerar um desgaste à governadora, e o tiro está saindo pela culatra, porque está gerando um desgaste para a Casa. É horrível essa situação”, criticou.
"Acho que é a oposição apostando que pode ter uma decisão, a qualquer momento, uma decisão favorável, para que possa de fato convocar os parlamentares com a composição que eles querem. Então assim, cada vez mais se comprova essa ilegalidade", complementou.