Na véspera do tarifaço, Raquel Lyra e João Campos tratam sobre demandas locais e nacionais
A governadora se reuniu com o presidente Lula e os demais governadores do Nordeste, enquanto o prefeito dialogou com o ministro Fernando Haddad

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Nessa terça-feira (5), um dia antes das tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros em 50% serem implementadas, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), marcaram presença em Brasília para falar com representantes do Governo do Brasil.
A governadora participou de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os demais governadores do Nordeste para debater e cobrar medidas emergenciais contra o "tarifaço" dos EUA. O encontro ocorreu durante uma reunião do "Conselhão" da Presidência da República.
Em um posicionamento conjunto, os governadores nordestinos manifestaram forte preocupação com o impacto das sobretaxas na economia da região. Raquel Lyra destacou os setores mais vulneráveis de Pernambuco.
"Nosso trabalho é garantir a solidariedade ao empresariado e a manutenção dos nossos empregos, principalmente na produção de frutas e do açúcar, que são bastante fortes no nosso Estado", afirmou a governadora, reforçando que está em diálogo com os outros governadores para encontrar soluções que possam minimizar o impacto ou até mesmo evitar as tarifas.
Após a reunião no Conselhão, Raquel Lyra ainda teve um encontro reservado com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), para aprofundar a discussão sobre as medidas de compensação para a economia pernambucana.
Prefeito se reúne com ministro
Além de Raquel, o prefeito João Campos também se reuniu com Fernando Haddad. Apesar de não ter detalhado os temas abordados no encontro, o gestor ressaltou a produtividade do diálogo com o ministro da Fazenda.
"Diálogo positivo com o Ministro da Fazenda do Governo Lula sobre questões estratégicas para o Recife. Coisas boas virão por aí", publicou em rede social.
Tarifaço entra em vigor nesta quarta
O "tarifaço" de 50% imposto pelos Estados Unidos ao Brasil, marcado para entrar em vigor a partir de 1h da madrugada desta quarta-feira (6), incide sobre 35,9% de tudo o que o Brasil exporta para os EUA, um volume comercial que, com base em 2024, corresponde a US$ 14,5 bilhões anuais.
Apesar da gama de produtos incluso na taxação, o impacto econômico não é total, pois o governo americano divulgou previamente uma lista com cerca de 700 itens que foram isentos da sobretaxa, incluindo commodities importantes como petróleo, minério de ferro e suco de laranja.
A Embraer também conseguiu negociar uma alíquota reduzida para suas aeronaves.