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Trump impõe tarifa de 50% a produtos brasileiros: café, carne e frutas estão entre os mais afetados

EUA impõem tarifa de 50% a produtos do Brasil a partir de 6 de agosto e acusam o governo Lula de ameaçar sua segurança nacional

Por Isabella Moura Publicado em 30/07/2025 às 16:42

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira (30) uma ordem executiva que eleva para 50% a tarifa sobre diversos produtos brasileiros. A medida, que estava inicialmente prevista para entrar em vigor no dia 1º de agosto, foi adiada e passa a valer no dia 6 de agosto.

A decisão é apresentada como uma resposta direta a ações do governo brasileiro que, segundo Washington, comprometem a segurança nacional, a política externa e os interesses econômicos dos Estados Unidos.

Além disso, a ordem executiva declara uma nova emergência nacional, com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), de 1977.

Produtos que serão taxados com 50%

A nova tarifa afeta alguns dos principais itens da pauta de exportações do Brasil para os EUA, entre eles:

  • Café
  • Carne bovina e suína
  • Frutas frescas e secas
  • Cacau
  • Minerais metálicos e não metálicos
  • Produtos industrializados de menor valor agregado
  • Outros alimentos não especificados


Esses produtos não foram incluídos na lista de exceções publicada pela Casa Branca e, com isso, devem sofrer redução de competitividade no mercado americano, impactando diretamente setores importantes da economia brasileira.

Acusações dos EUA contra o Brasil

Segundo comunicado oficial da Casa Branca, a imposição das novas tarifas foi motivada por práticas recentes do governo brasileiro que estariam "prejudicando empresas americanas, violando os direitos de liberdade de expressão de cidadãos dos EUA e comprometendo interesses estratégicos e de segurança nacional dos Estados Unidos".

A ordem também acusa o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de promover uma "perseguição política deliberada" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que ele teria sido "injustamente acusado de múltiplos crimes relacionados à eleição de segundo turno de 2022".

O texto ainda critica o Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que a Corte "equivocadamente decidiu que Bolsonaro deve ser julgado por essas acusações criminais injustificadas".

Além disso, o decreto menciona diretamente o ministro Alexandre de Moraes, acusado pelos Estados Unidos de "abusar de sua autoridade judicial para mirar em oponentes políticos, proteger aliados corruptos e suprimir a dissidência, muitas vezes em coordenação com outros oficiais brasileiros".

Confira quais são os produtos inclusos na lista de 694 exceções no tarifaço

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