Suco de laranja, aviões e petróleo ficam fora do tarifaço dos EUA contra o Brasil
Setores estratégicos do agronegócio, aviação e energia são preservados na lista de isenções da tarifa americana
 
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Nesta terça-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que eleva para 50% a tarifa de importação sobre diversos produtos brasileiros. A medida, que entra em vigor no próximo dia 6 de agosto, é parte de uma retaliação econômica. Segundo a Casa Branca, ações recentes do governo brasileiro representam uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos.
Apesar da forte medida anunciada pelo governo dos Estados Unidos contra o Brasil, 694 itens da pauta de exportação brasileira foram poupados da nova tarifa de 50%. A lista de exceções, anexada à ordem executiva assinada por Donald Trump nesta terça-feira (30), inclui produtos estratégicos para ambos os países.
Produtos brasileiros isentos da tarifa
Entre os itens que continuarão entrando nos EUA sem aumento de imposto, estão:
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Suco de laranja 
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Aeronaves da Embraer 
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Peças e componentes da aviação civil 
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Celulose 
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Fertilizantes 
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Madeira e derivados 
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Petróleo bruto e derivados 
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Equipamentos elétricos 
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Veículos e peças específicas 
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Produtos agrícolas e de madeira 
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Metais e minerais específicos 
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Energia e produtos energéticos 
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Bens retornados aos EUA 
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Bens em trânsito 
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Produtos de uso pessoal 
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Donativos e materiais informativos 
Além disso, aço e alumínio também não foram incluídos, pois já são tarifados em 50% desde medidas anteriores válidas para todos os países.
Confira quais são os produtos que serão taxados com 50%
Alívio parcial para o comércio bilateral
Essas exceções representam um alívio parcial para o agronegócio, a indústria de base e o setor de aviação do Brasil, que têm nos Estados Unidos um dos seus principais mercados de destino. A exclusão desses segmentos da nova tarifação mostra que, apesar da retaliação política, o governo norte-americano buscou preservar cadeias produtivas estratégicas para ambos os lados.
A medida ainda assim pode afetar seriamente o comércio bilateral, mas os setores poupados indicam uma tentativa de manter canais econômicos relevantes entre os dois países.
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