Quaest: maioria dos deputados apoia a ampliação da isenção do Imposto de Renda e é contra o fim da escala 6x1
Pesquisa divulgada nesta quarta (2) mostrou que deputados também aprovam a expliração de petróleo na Amazônia e aumento da pena por roubo

Pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (2) revela que a proposta de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil conta com o apoio de 88% dos deputados federais.
Apenas 5% dos entrevistados se disseram contra a medida, enquanto 7% não souberam ou preferiram não responder.
A proposta é uma das prioridades do governo Lula e está em análise em comissão especial da Casa. No entanto, a crise entre Executivo e Legislativo, agravada pela derrubada do decreto do IOF, adiou o andamento do texto.
Outros assuntos apoiados pela maioria dos deputados entrevistados são a exploração do petróleo da Amazônia (83%), o aumento da pena para casos de roubo (76%) e o fim da reeleição para o Executivo e aumento dos mandatos (69%).
Os projetos com maior rejeição foram a exclusão das verbas do Judiciário do limite de gastos (70%) e o fim da escala 6x1 (70%).
Veja todos os números
Tema | A favor | Contra | NS/NR |
---|---|---|---|
Elevação da faixa de isenção de IR | 88% | 5% | 7% |
Exploração do petróleo da Amazônia | 83% | 10% | 7% |
Aumento das penas para roubos | 76% | 16% | 8% |
Fim da reeleição para o Executivo, e aumento dos mandatos | 69% | 20% | 11% |
2ª parte da reforma tributária | 63% | 29% | 8% |
Proibição de apostas online por beneficiários de programas sociais | 55% | 38% | 7% |
PL alternativo à anistia | 54% | 24% | 22% |
Nova política de ensino a distância | 53% | 35% | 12% |
Inclusão de verbas indenizatórias no teto constitucional | 48% | 38% | 14% |
Elevação da taxa de IR para os super-ricos | 44% | 46% | 10% |
PEC da segurança pública | 42% | 42% | 16% |
PL dos supersalários | 32% | 53% | 15% |
Fim da escala 6x1 | 22% | 70% | 8% |
Exclusão das verbas do Judiciário do limite de gastos | 15% | 70% | 15% |
Polícita econômica está mal, avaliam deputados
Ainda no levantamento, 64% dos deputados apontaram que a política econômica do país está indo na dieração errada. Essa opinião foi unanimidade entre os deputados de oposição e apoiada por 81% dos parlamentares de centro que se classificam como independentes.
Por outro lado, 28% dos deputados federais disseram que a política econômica está indo na direção certa. Essa manifestação foi ancorada especialmente pelo posicionamento dos parlamentares governistas, embora essa fatia tenha recuado 11 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, de maio de 2024.
A pesquisa Genial Quaest foi realizada entre os dias 7 de maio e 30 de junho e ouviu 203 deputados, o que representa 40% da composição da Câmara. A amostra foi de 32% de governistas, 32% de oposicionistas e 27% independentes. Outros 9% não declararam posicionamento.
O número de deputados foi definido por região e por grupo ideológico, com base no projeto Brazilian Legislative Surveys. A margem de erro é de 4,5 pontos percentuais.
Emendas devem ser mantidas no mesmo patamar
Nos últimos anos, o Congresso ganhou o poder de indicar o destino de mais de RS 50 bilhões em emendas, mudando a relação de dependência com o Executivo.
A maioria dos deputados entrevistados afirmou que nos próximos anos o volume de emendas parlamentares deve ficar no mesmo patamar. 18% disseram que deveria aumentar e outros 12%, que deveria diminuir.
Em relação às declarações do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, que tem insistido que o Congresso não está cumprindo completamente a nova lei de distribuição de emendas, 57% dos deputados afirmaram que o impasse deve continuar. Uma minoria acredita que ou o STF ou o Congresso irão ceder.