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Quaest: maioria dos deputados apoia a ampliação da isenção do Imposto de Renda e é contra o fim da escala 6x1

Pesquisa divulgada nesta quarta (2) mostrou que deputados também aprovam a expliração de petróleo na Amazônia e aumento da pena por roubo

Por Rodrigo Fernandes Publicado em 02/07/2025 às 10:10 | Atualizado em 02/07/2025 às 12:56

Pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (2) revela que a proposta de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil conta com o apoio de 88% dos deputados federais.

Apenas 5% dos entrevistados se disseram contra a medida, enquanto 7% não souberam ou preferiram não responder.

A proposta é uma das prioridades do governo Lula e está em análise em comissão especial da Casa. No entanto, a crise entre Executivo e Legislativo, agravada pela derrubada do decreto do IOF, adiou o andamento do texto.

Outros assuntos apoiados pela maioria dos deputados entrevistados são a exploração do petróleo da Amazônia (83%), o aumento da pena para casos de roubo (76%) e o fim da reeleição para o Executivo e aumento dos mandatos (69%).

Os projetos com maior rejeição foram a exclusão das verbas do Judiciário do limite de gastos (70%) e o fim da escala 6x1 (70%).

Veja todos os números

Tema A favor Contra NS/NR
Elevação da faixa de isenção de IR 88% 5% 7%
Exploração do petróleo da Amazônia 83% 10% 7%
Aumento das penas para roubos 76% 16% 8%
Fim da reeleição para o Executivo, e aumento dos mandatos 69% 20% 11%
2ª parte da reforma tributária 63% 29% 8%
Proibição de apostas online por beneficiários de programas sociais 55% 38% 7%
PL alternativo à anistia 54% 24% 22%
Nova política de ensino a distância 53% 35% 12%
Inclusão de verbas indenizatórias no teto constitucional 48% 38% 14%
Elevação da taxa de IR para os super-ricos 44% 46% 10%
PEC da segurança pública 42% 42% 16%
PL dos supersalários 32% 53% 15%
Fim da escala 6x1 22% 70% 8%
Exclusão das verbas do Judiciário do limite de gastos 15% 70% 15%

Polícita econômica está mal, avaliam deputados

Ainda no levantamento, 64% dos deputados apontaram que a política econômica do país está indo na dieração errada. Essa opinião foi unanimidade entre os deputados de oposição e apoiada por 81% dos parlamentares de centro que se classificam como independentes.

Por outro lado, 28% dos deputados federais disseram que a política econômica está indo na direção certa. Essa manifestação foi ancorada especialmente pelo posicionamento dos parlamentares governistas, embora essa fatia tenha recuado 11 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, de maio de 2024.

A pesquisa Genial Quaest foi realizada entre os dias 7 de maio e 30 de junho e ouviu 203 deputados, o que representa 40% da composição da Câmara. A amostra foi de 32% de governistas, 32% de oposicionistas e 27% independentes. Outros 9% não declararam posicionamento.

O número de deputados foi definido por região e por grupo ideológico, com base no projeto Brazilian Legislative Surveys. A margem de erro é de 4,5 pontos percentuais.

Emendas devem ser mantidas no mesmo patamar

Nos últimos anos, o Congresso ganhou o poder de indicar o destino de mais de RS 50 bilhões em emendas, mudando a relação de dependência com o Executivo.

A maioria dos deputados entrevistados afirmou que nos próximos anos o volume de emendas parlamentares deve ficar no mesmo patamar. 18% disseram que deveria aumentar e outros 12%, que deveria diminuir.

Em relação às declarações do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, que tem insistido que o Congresso não está cumprindo completamente a nova lei de distribuição de emendas57% dos deputados afirmaram que o impasse deve continuar. Uma minoria acredita que ou o STF ou o Congresso irão ceder.

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