Operação realiza fiscalização ambiental em 31 municípios de Pernambuco
A Operação aplicou mais de R$ 1 milhão em multas, além da apreensão de 14 toneladas de madeira e 58 animais silvestres em condições irregulares

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A Operação Mata Atlântica em Pé completa seu sétimo ano de fiscalização no Estado de Pernambuco. Na operação, realizada entre os dias 15 e 19 de setembro, foram fiscalizados 472 hectares do bioma mais ameaçado do Brasil.
O foco da atuação é identificar pontos de desmatamento da floresta nativa e responsabilizar os infratores, além da recuperação das áreas degradadas. A ação foi realizada em 17 estados brasileiros, sendo oito do Nordeste, quatro do Sudeste, três do Sul e dois do Centro-Oeste.
Sobre a operação
Segundo a coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente do MPPE, Belize Câmara, 31 municípios e uma área equivalente a 661 campos de futebol foram vistoriados.
Os órgãos aplicaram fizeram a apreensão de 14 toneladas de madeira, e de 58 animais silvestres mantidos em condições irregulares. Além da aplicação de mais de R$ 1 milhão em multas. Os infratores autuados têm a obrigação de recuperar as áreas desmatadas.
O analista ambiental do Ibama, Amaro Fernandes, conta que a maior parte da cobertura vegetal foi derrubada para o plantio de capim, para criação de gado. A prática pode gerar danos ambientais, já que a floresta tem uma quantidade de carbono depositada que quando é erradicada, será liberada na atmosfera.
"Para o Ibama, o trabalho não se encerra agora. A Operação norteia a nossa atividade para o futuro; os alvos que deixamos de atender agora, por conta de dificuldade de acesso, serão vistoriados em breve e a região fiscalizada será atendida com mais atenção nas próximas ações do Ibama", destaca.
Os crimes ambientais, como o caso de flagrantes e apreensão, são encaminhados para instauração de inquéritos policiais. De acordo com o subcomandante do BPA, major Wagner Feitosa, o efetivo policial também apreendeu 5 armas de fogo, além dos animais silvestres.
Órgãos participantes
Coordenada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) a operação contou com o apoio operacional da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Além da colaboração das Polícias Civil, por meio da Delegacia de Polícia do Meio Ambiente (Depoma), e Militar, através do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA). Os órgãos disponibilizaram pessoal, equipamento, apoio logístico e de segurança para os trabalhos.