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IBGE: Pernambuco tem maior desemprego do país no 2º trimestre de 2025, mas acompanha redução nacional

Taxa de desocupação no estado superou a média nacional e foi a mais alta entre as 27 unidades da federação; informalidade também recuou

Por Thiago Seabra Publicado em 15/08/2025 às 18:10 | Atualizado em 15/08/2025 às 19:54

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Pernambuco registrou, no segundo trimestre de 2025, a maior taxa de desocupação do Brasil: 10,4%.

O índice, embora em queda, permanece acima da média nacional, que foi de 5,8%, a menor já registrada na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua desde 2012.

Divulgada nesta sexta-feira (15) pelo IBGE, a pesquisa mostrou que Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%) ficaram na segunda e terceira posições.

Na outra ponta, Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%) registraram os menores índices.

No total, 17 estados apresentaram queda na taxa de desocupação, nove ficaram estáveis e apenas um teve aumento.

Segundo o IBGE, a menor taxa de desemprego já registrada em Pernambuco foi de 7,4%, no 4º trimestre de 2013.

A nova divulgação incorpora a reponderação da série histórica com base nos resultados do Censo Demográfico 2022. Abaixo, confira as variações da série histórica dos últimos três anos.

Recuperação mais rápida e desigualdade por gênero e escolaridade

O levantamento mostra que 24,2% das pessoas desempregadas em Pernambuco conseguiram recolocação em menos de um mês, o maior percentual desde 2012.

Apesar disso, 1,3 milhão de pessoas estavam procurando emprego há dois anos ou mais.

A taxa de desocupação foi de 9,3% para homens e 11,8% para mulheres.

Entre os níveis de escolaridade, pessoas com ensino médio completo tiveram a maior taxa (12,6%), seguidas por quem tem nível superior incompleto (10,6%).

No nível superior completo, o índice caiu para 5,4%.

Informalidade em queda

A taxa de informalidade no estado foi de 47,5% no período, recuando desde o 4º trimestre de 2023.

Ainda assim, o índice permanece acima da média das unidades com menores taxas, como Santa Catarina (24,7%) e São Paulo (29,2%).

Para William Kratochwill, analista do IBGE, a redução está ligada ao bom desempenho do mercado de trabalho.

“A redução da taxa de informalidade é reflexo desse bom desempenho. O mercado de trabalho forte proporciona mais ocupação aos trabalhadores, formal e informalmente”, afirmou.

Entre os empregados do setor privado, apenas 30,1% tinham carteira assinada em Pernambuco. O percentual de trabalhadores por conta própria chegou a 24,6%.

Rendimento cresce

O rendimento médio real habitual no estado foi de R$ 2.720,00, representando alta em relação ao trimestre anterior (R$ 2.689,00) e ao mesmo período de 2024 (R$ 2.371,00).

Ranking do rendimento médio no Brasil

  • Distrito Federal — R$ 5.919,00
  • Rio de Janeiro — R$ 4.205,00
  • São Paulo — R$ 4.170,00
  • Santa Catarina — R$ 4.077,00
  • Paraná — R$ 3.820,00
  • Rio Grande do Sul — R$ 3.794,00
  • Mato Grosso — R$ 3.591,00
  • Mato Grosso do Sul — R$ 3.575,00
  • Brasil — R$ 3.477,00
  • Espírito Santo — R$ 3.469,00
  • Goiás — R$ 3.437,00
  • Roraima — R$ 3.225,00
  • Minas Gerais — R$ 3.211,00
  • Rondônia — R$ 3.176,00
  • Tocantins — R$ 3.141,00
  • Amapá — R$ 3.070,00
  • Rio Grande do Norte — R$ 2.882,00
  • Pernambuco — R$ 2.720,00
  • Pará — R$ 2.599,00
  • Sergipe — R$ 2.552,00
  • Acre — R$ 2.537,00
  • Alagoas — R$ 2.530,00
  • Amazonas — R$ 2.448,00
  • Paraíba — R$ 2.421,00
  • Piauí — R$ 2.419,00
  • Ceará — R$ 2.327,00
  • Bahia — R$ 2.199,00
  • Maranhão — R$ 2.171,00

Essa é a principal pesquisa sobre a força de trabalho no Brasil, entrevistando cerca de 211 mil domicílios em 3.500 municípios a cada trimestre.

A próxima divulgação da PNAD Contínua Trimestral, referente ao 3º trimestre de 2025, está prevista para 14 de novembro.

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