Protestos no Grande Recife: diversos pontos com atos por moradia e contra a privatização do metrô
Visita do ministro das Cidades e do presidente Lula a Pernambuco motiva atos em Olinda, Paulista e na capital. Veja onde houve interdição

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A classe dos metroviários aliou-se a movimentos de luta por moradia para realizar protestos em diversos pontos do Grande Recife na manhã desta quinta-feira (14). Os atos são motivados pela visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro das Cidades, Jader Filho, a Pernambuco.
Locais de protestos
Os manifestantes organizaram atos nos municípios de Olinda, Paulista e também em pontos do Recife. A concentração final ocorreu na Superintendência da Caixa, na Av. Cruz Cabugá, bairro de Santo Amaro.
O ministro compareceu ao prédio ainda durante a manhã para a cerimônia de encerramento do #BotaPraAndar.
Os atos aconteceram nas seguintes localidades, com interdição parcial das vias:
Recife:
- Engenho do Meio - BR-101, em frente à USF Engenho do Meio (rodovia já liberada);
- Boa Viagem - Rua Ribeiro de Brito, cruzamento com a Av. Visconde de Jequitinhonha;
- Santo Amaro - Av. Cruz Cabugá, ao lado do Cemitério dos Ingleses;
Olinda:
- Peixinhos - Av. Presidente Kennedy, em frente à farmácia Pague Menos;
Paulista:
- Nobre - PE-15, em frente ao Terminal Integrado Pelópidas Silveira
Motivos dos protestos no Grande Recife
O ministro Jader Filho manifestou-se a favor da concessão do metrô do Recife à iniciativa privada, provocando a reação dos servidores. O problema se intensifica dado que, de acordo com o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), o presidente da República havia prometido manter o serviço público durante a campanha eleitoral de 2022.
Já o Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) e a Organização e Luta dos Movimentos Populares de Pernambuco (OLMP), movimentos por moradia, contestam a quantidade de unidades habitacionais previstas pelo Minha Casa, Minha Vida - Entidades (MCMV-Entidades), por serem insuficientes.
Verônica Santiago, apoiadora do movimento MNLM, reafirmou o propósito do protesto. "Em torno do Brasil são 8 milhões, especificamente aqui em Pernambuco, são 430 mil pessoas sem teto. Só vieram recursos para a gente do governo federal de 20 mil para a área urbana e 30 mil para a área rural. Isso é muito pouco, no mínimo seria de 200 mil."
"Não ia resolver tudo, mas ia cobrir a metade das pessoas de baixa renda, que estão em área de risco. Que precisam de uma moradia digna.", completou Verônica
Ministro das Cidades se pronuncia
Em entrevista coletiva à imprensa, o repórter Emannuel Bento, do Jornal do Commercio, questionou Jader Filho sobre as causas reivindicadas nos protestos. No que tange à privatização do metrô, ele mantém o posicionamento a favor: "Todos esses funcionários terão ocupação, eles não vão ficar desatendidos, mas a gente tem uma responsabilidade muito grande que é prestar um serviço de qualidade".
Já sobre a solicitação de aumento das moradias populares do Minha Casa, Minha Vida - Entidades (MCMV-Entidades), de 20 mil unidades para 200 mil, o ministro não deu uma resposta concreta. Ele defende que "temos avançado bastante no Brasil e aqui em Pernambuco não é diferente".
Ele relembra que o Governo Federal está chegando à marca de 1,4 milhão de unidades do MCMV-Entidades, e conclui dizendo que "nós vamos continuar intensificando cada vez mais".
No início da tarde, uma comissão do MNLM e da OLMP foi recebida pelo ministro, que informou, através da assessoria de imprensa, que as demandas serão encaminhadas para análise.
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