Tereza Campos: SUS 35 anos: um compromisso com a vida
Que a celebração dos seus 35 anos renove o compromisso coletivo com a vida, com a equidade e com a ampliação do acesso universal à saúde.

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Em 2025, o Sistema Único de Saúde - SUS completa 35 anos como uma das maiores conquistas da democracia brasileira. Criado pela Constituição de 1988 e regulamentado pela Lei Orgânica da Saúde nº 8.080, o SUS transformou a saúde em um direito de todos e dever do Estado, garantindo acesso gratuito e universal em todo território nacional. Ao longo dessas décadas, o SUS acumulou avanços que salvaram milhões de vidas.
35 anos
O Brasil passou a contar com o maior sistema público de transplantes do mundo. Redes como o SAMU e as UPAs garantem atendimento rápido e eficiente em situações de urgência. A atenção básica, por meio das equipes de Saúde da Família, passou a desempenhar papel essencial na promoção da saúde, intensificando ações de prevenção e ampliando o cuidado direto junto às comunidades.
Durante a pandemia de COVID-19, o SUS mostrou sua força ao liderar a vacinação em massa, ampliar leitos de UTI e coordenar ações de vigilância epidemiológica. Sem ele, o impacto teria sido ainda mais devastador. Celebrar os 35 anos do SUS é reconhecer que saúde é um direito de todos. É reconhecer o valor dos profissionais que, mesmo diante das adversidades, mantêm o compromisso com o cuidado humanizado.
É também olhar para o futuro: garantir o financiamento adequado, investir em gestão eficiente, qualificar profissionais, ampliar a participação social e manter a transparência. Passos essenciais para a sustentabilidade do sistema. Seguimos acreditando que é possível oferecer saúde com qualidade, respeito e dignidade. O SUS é uma conquista da sociedade brasileira que exige cuidado contínuo e defesa permanente.
Que a celebração dos seus 35 anos renove o compromisso coletivo com a vida, com a equidade e com a ampliação do acesso universal à saúde. Porque cuidar do SUS é cuidar das pessoas. E onde há saúde pública de qualidade, há dignidade, cidadania e esperança.
Tereza Campos, superintendente geral do IMIP