Putin diz que demandas dos europeus são inaceitáveis antes de reunião com negociadores dos EUA
Presidente russo acusou os líderes europeus de "dificultar" as propostas dos EUA e insistiu que eles "não têm uma agenda pacífica"
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Enquanto os negociadores norte-americanos Steve Witkoff e Jared Kushner eram vistos chegando ao Kremlin, o presidente da Rússia Vladimir Putin fazia comentários sobre as demandas europeias para um acordo de paz com a Ucrânia, classificando-as como inaceitáveis, segundo relatos da mídia internacional.
Segundo o jornal The Guardian, Putin acusou os líderes europeus de "dificultar" as propostas dos EUA e insistiu que eles "não têm uma agenda pacífica."
Witkoff e Kushner devem se reunir com Putin em Moscou e, momentos antes, caminharam pela Praça Vermelha, sendo flagrados pelas câmeras da imprensa que acompanha o encontro.
De acordo com a Tass, Witkoff, Kushner e Kirill Dmitriev - representante especial de Putin para assuntos econômicos - haviam jantado em um restaurante estrelado no centro de Moscou na noite anterior.
A Axios ainda aponta que Witkoff e Kushner devem seguir de Moscou para "um país europeu" e se encontrar com Volodymyr Zelensky. O presidente ucraniano, porém, está na Irlanda, onde se reúne com o premiê Micheál Martin, segundo a imprensa local, que informa ainda um novo pacote irlandês de 100 milhões de euros em apoio militar não letal e 25 milhões de euros para a infraestrutura energética.
As movimentações ocorrem em meio a discussões sobre possíveis parâmetros para um acordo de paz.
A CNN revelou que autoridades americanas e ucranianas discutiram na Flórida, uma proposta segundo a qual a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) poderia vetar a adesão da Ucrânia sem exigir que Kiev renuncie formalmente à meta - inscrita na Constituição - de ingressar no bloco, tentativa de contornar uma das principais exigências de Moscou.
Mais cedo, o porta-voz Dmitry Peskov confirmou que a reunião entre Putin e os representantes americanos começaria às 11 horas (de Brasília) e contaria apenas com Witkoff, Kushner e um intérprete pelo lado dos EUA.
'Ucrânia não é situação fácil'
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (2) que a Ucrânia "não é uma situação fácil. Nosso pessoal está na Rússia agora tentando resolver", em referência aos representantes americanos que estão em Moscou em reunião com o presidente Vladimir Putin.
Ele disse ainda: "acho, espero, que vamos encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia". Durante reunião de gabinete, Trump também anunciou medidas de segurança doméstica. Segundo o presidente dos EUA, a Guarda Nacional irá para Nova Orleans em algumas semanas, após pedido das autoridades locais por ajuda federal.