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Trump classifica sanções contra Rússia como grandes, mas diz que Putin quer acabar com guerra

As falas do presidente dos EUA aconteceram após a reunião com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte

Por Estadão Conteúdo Publicado em 22/10/2025 às 22:00 | Atualizado em 22/10/2025 às 22:19

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O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que "era hora" de impor sanções à Rússia, mas disse esperar que as medidas não durem muito tempo, em comentários para jornalistas, nesta quarta-feira, 22. As falas aconteceram após a reunião com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte.

"As sanções contra a Rússia são grandes, mas acho que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, quer acabar com a guerra", ponderou, ao acrescentar que "não parece certo" encontrar-se com o líder russo. "As conversas com Putin são positivas, mas não progridem".

O presidente dos Estados Unidos impôs pela primeira vez em seu segundo mandato, sanções à Rússia devido à guerra contra a Ucrânia. A medida atinge as petrolíferas russas Lukoil e Rosneft — as maiores do país — e ocorre em meio ao crescente descontentamento de Trump com o presidente Vladimir Putin em relação ao conflito.

Em nota, o Tesouro dos EUA destacou que as sanções incluem o bloqueio de bens e a proibição de transações das empresas e de suas subsidiárias. Alertou também para o risco de "sanções secundárias".

O texto afirma que “todos os bens e interesses em bens” relacionados às duas empresas e que estejam nos EUA ou sob posse ou controle de pessoas em território norte-americano “estão bloqueados e devem ser comunicados à OFAC [Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA]”.

Segundo o republicano, tanto a Rússia e como também a Ucrânia querem paz para o conflito no Leste Europeu, e o acordo de paz entre os países deveria ser mais fácil de ser alcançado, mas o "nível de ódio" entre Putin e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky "é substancial". "As sanções devem ter um impacto na Rússia. Esperamos que elas tornem Putin mais 'razoável'", disse.

Em relação à paralisação do governo americano, Trump disse que "alguns democratas querem fazer acordo", sem fornecer mais detalhes.

Exercícios nucleares

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, comandou exercícios nucleares no país, informou o Kremlin, num momento em que as relações com os EUA passam por tensão, após o presidente Donald Trump, ter levantado dúvidas sobre a continuidades dos diálogos para um acordo de paz na Ucrânia.

O exercício envolveu a tríade nuclear de Moscou e colocou em teste um míssil balístico intercontinental Yars, na base de lançamento de Plesetsk; um míssil balístico intercontinental Sineva, lançado por um submarino no Mar de Barents; e bombardeiros estratégicos Tu-95 disparando mísseis de cruzeiro de longo alcance.

Segundo o Kremlin, o treinamento testou o nível de preparação dos órgãos de comando militar e as habilidades práticas das tropas russas.

Na semana, Trump informou que encontraria Putin em Budapeste, na Hungria.

 

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