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Colômbia convoca embaixador nos EUA para consultas diante de tensão entre Petro e Trump

No sábado, 18, Petro acusou os Estados Unidos de violarem a soberania colombiana e de matarem um pescador durante operações militares

Por Estadão Conteúdo Publicado em 20/10/2025 às 15:20

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A ministra das Relações Exteriores da Colômbia, Rosa Yolanda Villavicencio Mapy, informou nesta segunda-feira, 20, que o embaixador colombiano nos EUA, Daniel García-Peña, foi convocado para consultas pelo presidente do país, Gustavo Petro, e agora está em Bogotá, de acordo com comunicado divulgado pelo governo. O texto informa que a decisão sobre o tema ainda será divulgada.

A convocação do embaixador acontece em um momento de tensões entre Petro e o presidente americano Donald Trump. No domingo, 19, em publicação na Truth Social, o republicano alegou que o líder colombiano é "um líder de drogas ilegais que incentiva fortemente a produção maciça de drogas" e retirou os subsídios americanos.

Em resposta, Petro afirmou que "jamais a Colômbia foi grosseira com os EUA" e classificou o comentário de Trump como "grosseiro e ignorante" com os colombianos.

ATAQUES A COLÔMBIA

O presidente dos Estados Unidos afirmou que a Colômbia não receberá mais subsídios americanos. Em publicação na Truth Social neste domingo, 19, ele justificou a medida dizendo que o presidente colombiano, Gustavo Petro, "é um líder de drogas ilegais que incentiva fortemente a produção maciça de drogas".

No sábado, 18, Petro acusou os Estados Unidos de violarem a soberania colombiana e de matarem um pescador durante operações militares americanas contra o narcotráfico no Mar do Caribe. Segundo ele, o colombiano Alejandro Carranza morreu em um dos ataques realizados por forças americanas que, desde agosto, têm concentrado ações na Venezuela e em áreas próximas às águas territoriais da Colômbia sob a alegação, ainda sem provas, de atingir supostos traficantes.

Em entrevista à Rádio Eldorado, Carolina Silva Pedroso, professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), disse que os objetivos de Trump parecem mais estratégicos e relacionados ao petróleo venezuelano, já que o Mar do Caribe "não é uma região prioritária" do narcotráfico para os Estados Unidos.

 

 
 

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