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Datafolha: 89% dos brasileiros acreditam que tarifas de Trump vão prejudicar a economia do Brasil

Levantamento mostra que maioria dos brasileiros (72%) defende que o governo negocie a medida; 2 mil pessoas em 130 municípios foram ouvidas

Por JC Publicado em 31/07/2025 às 19:02

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Uma pesquisa do instituto Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (31), revela que a grande maioria da população brasileira está pessimista em relação ao impacto do "tarifaço" imposto pelos Estados Unidos.

Para 89% dos entrevistados, a medida vai prejudicar a economia do país. Desse total, 66% acreditam que o prejuízo será grande.

A percepção negativa é generalizada e ultrapassa as barreiras políticas: 87% dos eleitores do presidente Lula e 92% dos eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro compartilham da mesma opinião. O receio também se reflete no bolso: 77% dos brasileiros acreditam que a medida será negativa para sua situação econômica pessoal.

O levantamento ouviu 2.004 pessoas em 130 municípios nos dias 29 e 30 de julho, antes da publicação do decreto que oficializou as tarifas.

O que fazer? A maioria defende negociar

Questionados sobre qual deveria ser a resposta do Brasil, a maioria dos entrevistados apoia a via diplomática. Para 72% do público, o governo Lula deveria negociar com os EUA para tentar reverter a decisão.

Apenas 15% defendem uma retaliação na mesma moeda, com o Brasil taxando igualmente os produtos americanos. Uma minoria de 6% acredita que o país deveria ceder e atender a todas as condições impostas por Washington.

EUA são vistos como parceiro menos confiável

A crise atual parece ter abalado a confiança dos brasileiros nos Estados Unidos como parceiro econômico. Quando perguntados em qual país o Brasil "não pode confiar" para relações comerciais, os EUA ficaram em primeiro lugar, com 46% das respostas.

A China, por outro lado, foi citada por 23% dos entrevistados como o parceiro em quem o Brasil "pode confiar muito", liderando este quesito à frente dos próprios EUA (19%), da União Europeia (18%) e do Mercosul (17%).

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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