Segurança | Notícia

Motorista de aplicativo é achado morto, com mãos algemadas, em Ipojuca

Petrônio César Albuquerque, de 35 anos, chegou a ligar para a mãe pedindo R$ 2 mil na noite do crime. Perto do corpo, carro foi encontrado em chamas

Por Raphael Guerra Publicado em 11/08/2025 às 12:01 | Atualizado em 11/08/2025 às 12:11

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A polícia procura pistas para esclarecer o assassinato do motorista de aplicativo Petrônio César de Albuquerque, de 35 anos. O corpo dele, com marcas de tiros e faca e com as mãos algemadas, foi encontrado numa área de mata da praia de Cupe, em Ipojuca, no Grande Recife, na noite da última sexta-feira (8). A poucos metros estava o carro ainda em chamas.

Em entrevista à TV Jornal, na manhã desta segunda-feira (11), a mãe contou que teve contato por telefone com Petrônio pouco antes de saber da morte dele. 

"Ele ligou e, de imediato, pediu socorro, pediu ajuda. 'Preciso urgente de 2 mil reais, mãe'. Perguntei o que estava acontecendo. Ele disse que pegou um passageiro e se envolveu em um acidente. A voz estava muito trêmula e de dor. Perguntei se ele estava bem, ele disse que estava, mas que precisava do dinheiro", relatou Lucimere Pisque. 

"Passei um Pix com o valor que eu tinha e liguei para meu outro filho, contando o que estava acontecendo e pedindo para ele chamar a polícia. O que mais me chamou a atenção foi a voz de dor", disse. 

ACERVO PESSOAL
Petrônio César de Oliveira, 35 anos, foi morto na última sexta-feira (8) - ACERVO PESSOAL

Pouco depois, a família soube que o corpo havia sido encontrado e com o Jeep Renegade dele quase carbonizado. 

Lucimere disse acreditar que o filho pode ter sido vítima de um sequestro e que pode ter sido torturado até a morte para que transferisse dinheiro. "Ele não tinha inimizadas. Era um bom amigo, um bom pai."

Irmão de Petrômio, Thiago César Albuquerque afirmou que a família tenta entender o que pode ter acontecido antes do motorista de aplicativo ser morto.

"Não existe um motivo, a gente não sabe o que dizer, o que fazer. Petrônio era caseiro, amoroso, dedicado à família", lamentou. Petrônio deixou a esposa grávida e dois filhos.

Ele já foi membro da Força Aérea Brasileira (FAB), conforme relatos de amigos publicados nas redes sociais. 

INVESTIGAÇÃO

Em nota, a Polícia Civil de Pernambuco informou que registrou, por meio da Equipe de Força Tarefa de Homicídios Metropolitana Sul, o homicídio. "As diligências foram iniciadas e seguem até o esclarecimento do crime", disse.

De janeiro a julho deste ano, Pernambuco somou 1.860 assassinatos. A redução foi de 12% em comparação com o mesmo período de 2024, quando 2.112 pessoas foram mortas. 

A meta do Juntos pela Segurança é fechar 2026 com queda de 30% no número de mortes violentas intencionais, comparando com 2022 - ano anterior ao início da gestão Raquel Lyra.

 

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