SUS fará teste para diagnóstico precoce de autismo em crianças a partir de 16 meses

Medida do Ministério da Saúde aplicará o teste M-Chat em crianças de 16 a 30 meses e visa garantir estímulos e terapias antes do diagnóstico

Por JC Publicado em 18/09/2025 às 19:17

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O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (18), uma mudança significativa no acompanhamento do desenvolvimento infantil no Sistema Único de Saúde (SUS).

Profissionais da atenção primária, como os que atuam nos postos de saúde, passarão a realizar um teste de triagem para identificar sinais de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em todas as crianças com idade entre 16 e 30 meses.

Esta é a primeira vez que o ministério estabelece uma "linha de cuidado" nacional para o TEA. O principal objetivo é garantir o diagnóstico e, principalmente, a intervenção o mais cedo possível.

Intervenção antes do diagnóstico

A grande novidade da política é a orientação de que os estímulos e as terapias para as crianças com sinais de autismo devem começar antes mesmo de o diagnóstico ser fechado.

"A atuação precoce é fundamental para a autonomia e a interação social futura", destacou a pasta em nota. "Não precisa fechar o diagnóstico para começar as ações. Tem um impacto muito grande no desenvolvimento dessas crianças”, completou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Como vai funcionar

O Teste: Será utilizado o questionário de triagem conhecido como M-Chat, que já está disponível na Caderneta Digital da Criança e no prontuário eletrônico do E-SUS.

Plano Individual: A nova diretriz fortalece o Projeto Terapêutico Singular (PTS), que prevê um plano de tratamento individualizado para cada paciente, construído por equipes multiprofissionais em conjunto com as famílias.

Apoio às Famílias: A linha de cuidado também prevê um forte suporte aos pais e cuidadores, com orientação parental, grupos de apoio e a articulação para implementar no Brasil um programa de treinamento de habilidades da Organização Mundial da Saúde (OMS) para famílias com crianças com TEA.

O governo estima que 1% da população brasileira viva com autismo. A nova política busca estruturar e padronizar o atendimento a essas pessoas desde a primeira infância em toda a rede pública.

(Com informações da Agência Brasil)

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