Suplementação infantil: nutricionista explica quando é necessária e os principais cuidados
Uso de vitaminas, minerais e proteínas para crianças cresce mas exige atenção à rotina alimentar e orientação profissional para evitar excessos

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O uso de suplementos nutricionais infantis tem ganhado cada vez mais espaço entre famílias brasileiras, em um contexto marcado por desafios de saúde pública.
De acordo com o último Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI), 10% das crianças brasileiras possuem anemia, por exemplo, doença ligada diretamente à deficiência de vitaminas e nutriente.
A suplementação nutricional surge como um recurso possível também para as crianças, desde que com indicação adequada e responsabilidade no uso.
Quando a suplementação infantil é indicada?
De acordo com a nutricionista Beatriz Duarte, da Trustfuel, a suplementação tem como principal função complementar aquilo que está ausente na alimentação da criança.
“A suplementação vem para suprir. Ela complementa aquilo que a alimentação em si não consegue oferecer por algum motivo”, explica.
Segundo ela, o primeiro critério para iniciar qualquer suplementação é observar a rotina alimentar da criança e identificar o que está em falta — seja por restrições alimentares, hábitos da família ou por características individuais.
Beatriz destaca ainda a importância de considerar o nível de atividade física. Crianças muito ativas ou com alto gasto energético podem precisar de suporte nutricional adicional, especialmente de proteínas e carboidratos, além de vitaminas e minerais.
O que observar nos rótulos dos suplementos infantis
Para Beatriz Duarte, os pais devem dar preferência a suplementos formulados especificamente para o público infantil, que levam em conta as necessidades nutricionais dessa faixa etária.
O formato da vitamina em goma tem ganhado popularidade pela praticidade e pelo sabor. " Com a gominha, a gente consegue incluir uma indulgência, um prazer ali nessa suplementação, de uma forma muito mais agradável", explica Beatriz.
De acordo com a especialista, é possível obter o mesmo resultado de uma suplementação em cápsulas. O alerta da nutricionista é para os níveis de açúcar. O indicado é buscar por gomas que não tenham nenhum tipo de açúcar na composição.
Outro ponto de atenção é a possibilidade de alergias alimentares. Por isso, a recomendação é introduzir um suplemento por vez, para facilitar a identificação de reações adversas.
Acompanhamento nutricional ainda é o mais indicado
Embora seja possível iniciar a suplementação preventiva em alguns casos, o acompanhamento com nutricionista ou pediatra é sempre o mais indicado, especialmente quando há dúvidas sobre a alimentação, crescimento ou frequência de doenças.
“O acompanhamento serve para personalizar essa suplementação e evitar deficiências que, a longo prazo, podem impactar o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças”, diz a especialista.
Segundo Beatriz, deficiências nutricionais não tratadas podem resultar em baixa imunidade, anemia ferropriva e até dificuldades no aprendizado e no crescimento.
Suplementação pode começar a partir de seis meses
A suplementação infantil pode ser iniciada a partir dos seis meses, dependendo do nutriente e da recomendação profissional. “Antes disso, a orientação é manter o aleitamento materno exclusivo”, explica Beatriz.
A partir dos dois, quatro ou cinco anos, já é comum o uso de gominhas, especialmente pela facilidade de aceitação e absorção dos nutrientes.
A nutricionista também ressalta que o ideal é oferecer os suplementos próximos às refeições, o que melhora a absorção de vitaminas como a A, D, E e K.
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