Mobilidade urbana: BNDES indica corredores de VLT ou BRT elétrico na Avenida Norte e na BR-101, e requalificação do metrô, operados pela iniciativa privada
Banco conclui o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana e apontou R$ 14,8 bilhões em possíveis projetos de VLTs, BRTs e metrô para o Grande Recife
 
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A Região Metropolitana do Recife poderá, em alguns anos, ver ser ampliada e requalificada em mais de 156 km a rede de transporte público de média e alta capacidade. Ou seja, os sistemas de metrôs, VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos) e BRTs (Bus Rapid Transit). Pelo menos se depender da avaliação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e do Ministério das Cidades.
O banco concluiu a definição de seis projetos (sendo um deles apenas de requalificação do Metrô do Recife) para a capital pernambucana dentro do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), um pacote que prevê investimentos da ordem de R$ 430 bilhões em metrôs, VLTs e BRTs no País.
O estudo apontou para a requalificação do metrô em 38 km e a implantação de 118 km de corredores de VLTs e/ou BRTs - nesse caso, elétricos - em conexões perimetrais que ligam o Norte ao Sul e o Leste ao Oeste do Recife e RM que hoje são operadas apenas por ônibus. O banco, entretanto, não indicou a expansão do metrô, optando pelo VLT no caso do transporte sobre trilhos.
Segundo o BNDES, o investimento estimado para os projetos é de até R$ 14,8 bilhões e, como já é sabido por todos, feito pela iniciativa privada através de concessões públicas e parcerias público privadas (PPPs).
A definição pela tecnologia VLT ou BRT, entretanto, será realizada em etapas seguintes, com base nos estudos detalhados para modelagem dos projetos. E, também segundo o BNDES, com a implantação dos projetos previstos no ENMU haverá diversos ganhos para a mobilidade da RMR:
- Ampliação da rede de transporte de média e alta capacidade em 65% 
- Redução do tempo médio de deslocamentos de 21%
- Impacto econômico na RMR estimado em R$ 7,4 bilhões 
- Redução do custo operacional do transporte público em 9%
CONFIRA OS PROJETOS QUE FORAM SELECIONADOS PELO BNDES
 
		
1) Implantação de corredor de VLT ou BRT conectando o Terminal Integrado de Abreu e Lima ao TI Cajueiro Seco
Veículo: VLT ou BRT elétrico
Extensão: 30,6 km 
Embarques por dia útil: 102.349
Investimento inicial Infra + Frota: R$ 1.309 milhões (BRT elétrico) e R$ 3.588 milhões (VLT)
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2) Implantação de VLT ou BRT na Avenida Norte - conexão do TI da Macaxeira ao Centro do Recife
Veículo: VLT ou BRT elétrico
Extensão: 9,8 km
Embarques por dia útil: 62.592
Investimento inicial Infra + Frota: R$ 426 milhões (BRT elétrico) e R$ 1.146 milhões (VLT)
3) Implantação do VLT ou BRT elétrico Boa Viagem - Olinda
Veículo: VLT ou BRT elétrico
Extensão: 20,6 km
Embarques por dia útil: 139.560
Investimento inicial Infra + Frota: R$ 1.011 (BRT elétrico) e R$ 2.644 milhões (VLT)
 
		
4) Implantação do VLT ou BRT elétrico Igarassu - Joana Bezerra
Veículo: VLT ou BRT elétrico
Extensão: 35,4 km
Embarques por dia útil: 162.031
Investimento inicial Infra + Frota: R$ 1.755 milhões (BRT elétrico) e R$ 4.570 milhões (VLT)
5) Implantação do VLT Centro (Santo Antônio) - São Lourenço
Veículo: VLT ou BRT elétrico
Extensão: 22 km
Embarques por dia útil: 114.102
Investimento inicial Infra + Frota: R$ 1.113 milhões (BRT elétrico) e R$ 2.878 milhões (VLT)
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6) Requalificação do Metrô do Recife - Linhas Centro, Sul e Diesel
Veículo: metrô
Extensão: 37,9 km
Embarques por dia útil: 257.299
Investimento inicial Infra + Frota: Não informado
Total da rede atingida: 156,30 km
Agora, o banco irá se debruçar sobre os projetos para definir o planejamento e as metodologias, as fontes de recursos, os modelos de financiamento e as contrapartidas, e a análise de mercado por RM.
NO PAÍS, SÃO 187 PROJETOS DE TRANSPORTE DE MÉDIA E ALTA CAPACIDADE
Em todo Brasil, o ENMU concluiu a definição de 187 projetos para ampliar as redes de transporte público coletivo de média e alta capacidade nas 21 maiores regiões metropolitanas (RMs) do País.
Ao todo, são estimados investimentos da ordem de R$ 430 bilhões, sendo R$ 230 bilhões em metrôs, R$ 31 bilhões em trens, até R$ 105 bilhões em veículos leves sobre trilhos (VLT), até R$ 80 bilhões em BRTs e R$ 3,4 bilhões em corredores exclusivos de ônibus. A aceleração desses investimentos dependerá do modelo de financiamento adotado, com investidores privados via concessões públicas e parcerias público privadas (PPPs).
Confira o estudo na íntegra no link: https://bit.ly/ENMUout2025.
Segundo o BNDES, a implementação de todos os projetos previstos no ENMU resultará na redução estimada de 8 mil mortes em sinistros de trânsito até 2054 nas 21 RMs. Evitará ainda a emissão de 3,1 milhões de toneladas de CO2 por ano, equivalentes a uma absorção de carbono de uma área estimada de floresta amazônica de 6.200 km2, equivalente a 5 vezes a área do município do Rio de Janeiro.
Outros benefícios incluem a redução do custo da mobilidade urbana em 10%, considerando sistemas mais eficientes, e o aumento do acesso da sociedade a empregos, escolas, hospitais e áreas de lazer em menor tempo. Também é prevista uma redução no tempo médio de deslocamentos nas cidades, com um impacto econômico estimado em mais de R$ 200 bilhões.
Além da RMR, integram o estudo as seguintes RMs: Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Santos, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Goiânia, Distrito Federal, Salvador, Maceió, João Pessoa, Natal, Teresina, São Luís, Fortaleza, Belém e Manaus.
 
                         
                                                                                    
                                            