Como estudar Química na reta final para o Enem: confira dicas e estratégias

A disciplina de Química integra o bloco de Ciências da Natureza e suas Tecnologias (junto com Física e Biologia) e será aplicada no segundo domingo

Por Mirella Araújo Publicado em 16/10/2025 às 14:02 | Atualizado em 16/10/2025 às 14:15

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Com a proximidade das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que neste ano ocorrerão nos dias 9 e 16 de novembro, muitos assuntos não podem ser subestimados e exigem mais atenção nesta reta final de preparação.

No caso da disciplina de Química, que integra o bloco de Ciências da Natureza e suas Tecnologias (junto com Física e Biologia), o professor do Colégio Saber Viver, Mauro Alexandre, explica que é importante reforçar os conteúdos de Físico-Química e Química Geral, especialmente estequiometria, soluções, pH/pOH, deslocamento de equilíbrio químico e reações orgânicas (Química Orgânica).

"São temas recorrentes e com grande possibilidade de interdisciplinaridade. Os alunos não devem subestimar também assuntos mais simples, como propriedades da matéria e ligação química, que geralmente aparecem em questões conceituais com interpretação de gráficos ou experimentos", explicou o docente.

O professor do Colégio Saber Viver cita como exemplo clássico do Enem uma questão sobre o cálculo da concentração de uma solução caseira de soro, ou sobre a reação de combustíveis e emissão de gases, que envolve estequiometria, meio ambiente e interpretação de texto.

Desconstruindo mitos

Mauro Alexandre também desconstrói o mito de que a prova de Química exige memorização de fórmulas extensas. "Na verdade, o Enem prioriza compreensão e aplicação de conceitos, muitas vezes fornecendo as fórmulas necessárias no enunciado", afirmou.

"Outro equívoco é pensar que Química no Enem é só Orgânica, quando, na verdade, Físico-Química é a área mais cobrada", pontuou. E, para aqueles que não gostam de fazer contas e acham que vão se dar mal na prova, o professor alerta: "O Enem traz muitas questões descritivas, contextualizadas, ambientais e tecnológicas, que exigem mais leitura e interpretação do que cálculos complexos."

 

Jailton Jr./JC Imagem
O Exame Nacional do Ensino Médio será realizado nos dias 9 e 16 de novembro - Jailton Jr./JC Imagem

Padrão equilibrado

Nas últimas cinco edições do Enem, Mauro Alexandre avalia que as provas mantiveram um padrão de cobrança equilibrado e contextualizado. A dificuldade, no entanto, não está nos cálculos, mas na capacidade que o candidato possui de interpretar as situações trazidas pelos problemas.

"É uma prova que exige autonomia intelectual: o estudante precisa compreender fenômenos, correlacionar tabelas, entender experimentos e tomar decisões. As questões mais difíceis são aquelas que envolvem interpretação de gráficos, análises energéticas e domínio de linguagem científica. Percebo uma evolução na qualidade dos itens: menos decoreba e mais raciocínio crítico", declarou.

O professor reforça que a disciplina de Química não é "um bicho de sete cabeças", e a dica para aqueles estudantes que têm maior dificuldade é estudar por contextos reais: combustíveis, alimentos, medicamentos, meio ambiente — isso cria sentido e facilita a aprendizagem.

"Outra estratégia é priorizar a resolução de questões comentadas do Enem, pois elas mostram exatamente como a prova pensa. Em vez de decorar, tente responder: 'o que essa reação representa na prática?'. E, por fim, manter um resumo visual — tabelas, mapas mentais, fluxogramas — ajuda muito quem não tem afinidade com este componente curricular", afirmou Mauro Alexandre.

 

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As perguntas de Química no Enem são em sua maioria contextualizadas - Reprodução

Temas recorrentes:

  • Funções inorgânicas: identificação e propriedades de ácidos, bases, sais e óxidos;
  • Estequiometria: cálculos de reagentes e produtos em reações químicas;
  • Óxidos e ligação química: tipos de ligações e suas influências nas propriedades das substâncias;
  • Ácidos e bases: Escala de pH, reações de neutralização de Arrhenius e Bronsted-Lowry;
  • Química orgânica básica: funções orgânicas (álcoois, ésteres, carboidratos) e nomenclatura;
  • Termoquímica: entalpia, calor de reação e aplicação em processos energéticos;
  • Equilíbrio químico: constantes de equilíbrio e deslocamento de Le Châtelier;
  • Soluções e concentrações: preparo de soluções, concentração em massa e molaridade;
  • Físico-química de gases: leis dos gases ideais e transformações gasosas;
  • Eletroquímica: pilhas, eletrólise e aplicações tecnológicas.

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