Reta final para o Enem 2025 exige foco, revisão e estratégia; confira dicas

Em 2024, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), mais de três milhões de estudantes fizeram o Enem

Por Letícia Mendes Publicado em 08/08/2025 às 19:42 | Atualizado em 08/08/2025 às 19:46

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Faltando três meses para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os estudantes tem intensificado os estudos para a prova, que será aplicada nos dias 9 e 16 de novembro.

Em 2024, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), mais de três milhões de estudantes fizeram o Enem. Para este ano, uma das novidades é a inscrição pré-preenchida para alunos de escolas públicas. De acordo com Ministério da Educação (MEC), essa é uma forma de estimular a participação.

Outra novidade anunciada que foi anunciada pelo MEC será a possibilidade de utilizar os resultados do exame como certificado de conclusão do Ensino Médio para alunos da rede pública. 

Para José Henrique, de 17 anos, que faz Enem desde 2023, uma das estratégias nessa reta final é estudar os conteúdos durante a semana, mas dando ênfase para as matérias com maior peso para o curso que pretende ingressar, Engenharia Mecânica

“Para mim, ser regrado o tempo inteiro não funciona, pois acredito que é essencial ter hábitos de relaxamento durante a semana para desopilar um pouco a mente”, ressaltou José.

Já para Camila Tenório, de 22 anos, que faz cursinho para o Enem há cinco anos, e pretende ingressar no curso de Medicina, o maior foco ao longo do ano são as revisões de conteúdo.

“Utilizo simulados semanais para treinar o tempo de prova e também revisar os conteúdos. Mesmo já tendo alguns anos de cursinho, não deixo de assistir aula, meu método de estudo é: aula, questões do assunto, revisões espaçadas e simulados semanais (não deixando de fazer uma correção bem feita)”, comentou.

Redação: Ainda dá tempo?

Em entrevista ao Jornal do Commercio, o professor de Língua Portuguesa e Redação William Rodrigues comentou que mesmo com pouco tempo, ainda é possível se preparar para a redação.

“A maioria dos vestibulandos se perguntam se ainda há tempo de se preparar para a redação ou melhorar o desempenho de alguma competência da Matriz de Correção que não está em um nível satisfatório. A resposta é sim”, afirmou.

Contudo, o educador ressaltou que é imprescindível que o aluno (a) mantenha a disciplina, organização e a elaboração de estratégias de estudo. Segundo ele, essas habilidade formam os pilares necessários para conseguir a produção de um texto de excelência até o dia da prova, que acontece em novembro.

Outro ponto relevante da preparação, é o candidato estar pronto para a variedade de temas que podem surgir como eixo principal da redação. “Encarar a imprevisibilidade do tema talvez seja o maior temor dos estudantes. Por isso, recomenda-se que se estude por eixos temáticos, como Meio Ambiente, Cidadania, Educação, Direitos Humanos, Tecnologia, Saúde, Segurança e Diversidade Cultural”, comentou o professor de redação.

“Ao produzir textos com temáticas diversas sobre esses eixos, a probabilidade de estar muito preparado e mais confiante é altíssima. Não se pode esquecer que o Enem utiliza recortes temáticos baseados nos principais problemas sociais brasileiros”, complementou.

É tempo de revisão

Ao JC, o professor de matemática Marcelo Uchôa que o segundo semestre dos estudantes deve ser dedicado ao processo de revisão.

“Uma boa forma de você exercitar e revisar para o Enem, é você resolver provas de anos anteriores. Porque além de revisar todos os conteúdo, você vai se familiarizar, cada vez mais, com o modelo da prova”, disse.

Segundo Marcelo, é importante que o estudante tenha consciência dos conteúdos mais relevantes, tomando como princípio as competências exigidas na prova.

“Por exemplo, se a gente pega matemática, a gente verifica que o estudo das funções, que faz parte da competência cinco, é bem relevante. Análise de gráfico também é bem relevante. Então, a melhor estratégia é identificar quais são aqueles assuntos que tem mais frequência nas avaliações do Enem de anos anteriores”, ressaltou o educador.

Enem de volta às origens

Desde a sua criação, em 1998, o Enem tinha como objetivo avaliar o desempenho dos estudantes ao final do ensino médio. Com o passar dos anos, especificamente a partir de 2004, o exame passou a ser a principal porta de entrada para o ensino superior. Entre 2009 e 2016, a avaliação também serviu como forma de certificação de conclusão do ensino médio em cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA), o antigo supletivo. 

Agora, nove anos depois, o Enem volta a utilizar a prova como certificado de conclusão do Ensino Médio. "Quanto mais política públicas houver, para que haja essa facilitação, ela vai ser sempre válida", comentou o professor William Rodrigues. Segundo o educador, em contrapartida, é necessário que o governo promova uma explicação e orientação para os alunos que desejam usar o Enem como certificação. 

Para o professor Marcelo Uchôa, o Enem volta às origens e possibilita a retomada social da política pública. "Essa volta possibilita que as pessoas que tinham parado de estudar, que não tinham condições de voltar para uma sala de aula possam ter essa ficha de conclusão do ensino médio", afirmou. 

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