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Drones com bombas e fuzis: Arsenal do Comando Vermelho é exposto em operação mais letal do Rio

Facção usou tática de guerra, lançando explosivos com drones contra policiais durante megaoperação que deixou 64 mortos; 31 fuzis foram apreendidos

Por JC Publicado em 28/10/2025 às 19:42

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A megaoperação policial realizada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, não apenas se tornou a mais letal da história do estado, com 64 mortos, mas também expôs o arsenal e as táticas de guerra cada vez mais sofisticadas do Comando Vermelho (CV).

O confronto revelou que a facção criminosa está utilizando drones para lançar bombas contra as forças de segurança, uma tática observada em conflitos internacionais, como na Ucrânia e em Gaza. A reação do CV transformou a região em um cenário de guerra urbana.

Veja também: Megaoperação contra o Comando Vermeho no Rio de Janeiro deixa ao menos 64 mortos

Poder de fogo

Além da tática aérea, o poder de fogo terrestre do grupo também ficou evidente. Durante a operação, que envolveu cerca de 2,5 mil policiais, foram apreendidos pelo menos 31 fuzis em posse dos criminosos.

O nível do confronto exigiu uma resposta à altura por parte do Estado, que mobilizou 32 veículos blindados e dois helicópteros, além de veículos de demolição.

Impacto da tática de guerra

O uso de drones com bombas pelo Comando Vermelho teve um impacto direto na cidade. A intensidade dos confrontos afetou importantes vias expressas, como a Avenida Brasil e a Linha Amarela. Nas comunidades, o medo levou ao fechamento de escolas: 87 unidades foram afetadas, impactando 29 mil alunos.

"São aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem. Casas construídas de forma irregular, becos que é impossível fazer o patrulhamento", disse Victor Santos, secretário da Segurança Pública do Rio, sobre a dificuldade de combater o crime em áreas complexas.

A operação desta terça e o arsenal revelado reforçam, segundo analistas, o "poder crescente do crime organizado no País" e a enorme dificuldade do poder público em reprimir o narcotráfico.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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