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Presidente do Sport admite erros na montagem do time e explica como o clube chegou a gastar quase R$ 60 milhões

Em entrevista ao repórter Antônio Gabriel, da Rádio Jornal, no programa Escrete Clube, Yuri Romão reconheceu erros na estratégia de contratações

Por Thiago Wagner Publicado em 18/10/2025 às 16:18

Em entrevista exclusiva ao Antônio Gabriel, no programa Escrete Clube, do Youtube da Rádio Jornal, o presidente do Sport, Yuri Romão, reconheceu falhas na montagem do elenco para 2025 e explicou o motivo do clube ter gastado cerca de R$ 60 milhões em contratações.

“A nossa ideia […] era de montar um elenco competitivo, que se mantivesse na Série A”, disse. Mas, ao entrar no mercado, a diretoria “tomou um susto”, segundo as palavras de Yuri: “O mercado [estava] extremamente inflacionado”.

ainda de acordo com Yuri, a estratégia escolhida gerou equívocos. “A gente traçou um perfil de atleta […] e qual seria a estratégia de negociação? Empréstimo oneroso ou compra? Aí o primeiro erro. […] Para fazer um investimento de compra […] você precisa ter muito mais análise. […] Nós não analisamos os atletas da forma como deveríamos fazer”, afirmou. Contudo, ele acrescentou: “Se tivesse que fazer novamente, eu faria tudo diferente. Como a gente fez na segunda janela”.

O presidente detalhou a evolução do orçamento até chegar ao maior gasto recente do clube. “O valor que estimava iniciou-se com 15; quando a gente viu que com 15 não se faria nada, ele foi para 20, 25 e aí foi quando a gente fez uma operação maior. Aí esse número subiu mais”. Questionado sobre a origem, Yuri reforçou: “Foi 100% clube”.

Confira a entrevista completa com Yuri Romão

Na comparação entre as duas metades da temporada, Yuri destacou a mudança de diretrizes e processos: “Comparar o que está sendo feito no segundo semestre com o que foi feito no primeiro semestre tem uma diferença grande […]. A reformulação que está sendo feita dentro do departamento de futebol, a profissionalização […] não é entregar a carteira azulzinha. Profissionalizar é você ter os processos internos […], padronizar as metodologias […], a integração dessas áreas”.

Ele também admitiu que o ambiente pós-acesso influenciou decisões. “Eu acho que houve, sim, uma empolgação de nossa parte”, disse. E reiterou que o aprendizado já está embutido no planejamento: “Cabe a mim […] apontar os caminhos que precisam ser tomados para que a gente saia dessa fase […] e volte a ter um time extremamente competitivo”.

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