Presidente do Sport admite erros na montagem do time e explica como o clube chegou a gastar quase R$ 60 milhões
Em entrevista ao repórter Antônio Gabriel, da Rádio Jornal, no programa Escrete Clube, Yuri Romão reconheceu erros na estratégia de contratações

Em entrevista exclusiva ao Antônio Gabriel, no programa Escrete Clube, do Youtube da Rádio Jornal, o presidente do Sport, Yuri Romão, reconheceu falhas na montagem do elenco para 2025 e explicou o motivo do clube ter gastado cerca de R$ 60 milhões em contratações.
“A nossa ideia […] era de montar um elenco competitivo, que se mantivesse na Série A”, disse. Mas, ao entrar no mercado, a diretoria “tomou um susto”, segundo as palavras de Yuri: “O mercado [estava] extremamente inflacionado”.
ainda de acordo com Yuri, a estratégia escolhida gerou equívocos. “A gente traçou um perfil de atleta […] e qual seria a estratégia de negociação? Empréstimo oneroso ou compra? Aí o primeiro erro. […] Para fazer um investimento de compra […] você precisa ter muito mais análise. […] Nós não analisamos os atletas da forma como deveríamos fazer”, afirmou. Contudo, ele acrescentou: “Se tivesse que fazer novamente, eu faria tudo diferente. Como a gente fez na segunda janela”.
O presidente detalhou a evolução do orçamento até chegar ao maior gasto recente do clube. “O valor que estimava iniciou-se com 15; quando a gente viu que com 15 não se faria nada, ele foi para 20, 25 e aí foi quando a gente fez uma operação maior. Aí esse número subiu mais”. Questionado sobre a origem, Yuri reforçou: “Foi 100% clube”.
Confira a entrevista completa com Yuri Romão
Na comparação entre as duas metades da temporada, Yuri destacou a mudança de diretrizes e processos: “Comparar o que está sendo feito no segundo semestre com o que foi feito no primeiro semestre tem uma diferença grande […]. A reformulação que está sendo feita dentro do departamento de futebol, a profissionalização […] não é entregar a carteira azulzinha. Profissionalizar é você ter os processos internos […], padronizar as metodologias […], a integração dessas áreas”.
Ele também admitiu que o ambiente pós-acesso influenciou decisões. “Eu acho que houve, sim, uma empolgação de nossa parte”, disse. E reiterou que o aprendizado já está embutido no planejamento: “Cabe a mim […] apontar os caminhos que precisam ser tomados para que a gente saia dessa fase […] e volte a ter um time extremamente competitivo”.