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Bruno Rodrigues admite resistência e diz que Santa Cruz enfrentou "incompreensão" durante negociações da SAF

Presidente do Santa Cruz destacou que, apesar das críticas e desconfiança, o clube conseguiu fechar o melhor acordo na implantação da SAF.

Por João Victor Tavares Publicado em 11/10/2025 às 7:00

O presidente executivo do Santa Cruz, Bruno Rodrigues, reconheceu que o processo de criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) enfrentou resistência e incompreensão desde o início das negociações.

Em pronunciamento após a aprovação do projeto no Conselho Deliberativo, o dirigente afirmou que a diretoria precisou superar críticas internas e externas até conquistar o apoio quase unânime dos conselheiros.

“Foi um ano de muito trabalho. Desde 2024 viajamos dezenas de vezes ao Sudeste, recebemos investidores em Pernambuco e enfrentamos muita incompreensão.

Eu sei da ansiedade da torcida, que é a minha também. Mas a gente precisava fazer uma SAF competente — e fomos buscar a melhor SAF do Brasil”, declarou Bruno.

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O presidente lembrou que, ao assumir o clube, em novembro de 2023, deixou claro que só aceitaria o cargo com o compromisso de implantar a SAF. Segundo ele, o modelo é a única saída para equilibrar as finanças e reconstruir o futebol tricolor.

“O Santa Cruz vivia o pior cenário possível: dívida alta, patrimônio deteriorado e futebol em crise. A SAF é a virada de página que o clube precisava”, afirmou.

A proposta, aprovada por mais de 95% dos votos no Conselho, prevê um investimento de R$ 1 bilhão em até 15 anos e R$ 100 milhões em obras de infraestrutura nos três primeiros anos.

A Cobra Coral Participações comprará 90% das ações da futura SAF, enquanto o clube manterá 10%, com direito de veto em temas estratégicos.

Bruno ressaltou ainda que o processo foi construído com blindagens jurídicas e garantias ao Santa Cruz, para evitar riscos à instituição.

“Além de ser um grande investimento, é uma SAF segura. Temos cláusulas de proteção e controle em caso de inadimplência. Esse é o melhor modelo possível para o Santa Cruz”, completou.

Governança e garantias ao clube

A Cobra Coral Participações ficará com 90% da SAF, enquanto o Santa Cruz manterá 10% das ações, com direito a um assento no Conselho de Administração e outro no Conselho Fiscal.

Os orçamentos mínimos anuais foram definidos de acordo com a divisão que o clube estiver disputando:

  • Série A: R$ 100 milhões
  • Série B: R$ 52 milhões
  • Série C: R$ 36 milhões - próxima divisão do Santa Cruz
  • Série D: R$ 20 milhões

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