Náutico: Becker lança chapa e fala de naming rights dos Aflitos, SAF e CT
Atual presidente apresentou propostas estruturais para o Náutico, falou em "pensar grande com responsabilidade" e tratou de temas como CT e SAF
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O presidente Bruno Becker lançou oficialmente, nesta quarta-feira (19), no Centro do Recife, a chapa “Náutico do Futuro”, iniciativa que marca a continuidade do projeto que ele lidera à frente do clube. Sem concorrentes após a desistência da oposição, Becker será aclamado presidente na eleição marcada para 30 de novembro. No evento, ele reforçou princípios, diretrizes e metas para a gestão 2026, com foco em modernização, sustentabilidade e ampliação das receitas.
Logo na abertura, Becker explicou que a apresentação não era apenas um ato formal, mas um passo para alinhar expectativas e comunicar caminhos.
“Quando a gente comunica bem, tudo tende a fluir com naturalidade. Vamos errar e acertar, como qualquer gestão, mas é importante deixar claro o caminho que queremos traçar”, afirmou.
“Pensar grande com responsabilidade”
Um dos pontos centrais da apresentação foi a frase que o presidente vem repetindo desde o acesso: “pensar grande com responsabilidade”. Para Becker, isso significa olhar para o tamanho do Náutico e aproveitar o potencial que ainda é subutilizado.
“Às vezes desperdiçamos muito do potencial do clube. Isso vale para o time de futebol, para o patrimônio e especialmente para o CT. Ali é uma área valiosíssima. Podemos fazer mais, sempre com responsabilidade, para que o Náutico mude de patamar”, explicou.
Ele citou diretamente a possibilidade de um projeto amplo na área do CT Wilson Campos, que tem cerca de 50 hectares, com uso de até 10 para o futebol e o restante destinado a um equipamento que gere receitas e valor para o associado.
Naming rights em discussão
Becker também confirmou que o clube trabalha ativamente o projeto de naming rights para os Aflitos - pauta que ganha força com o retorno do time à Série B.
“O clube está no mercado, existe desenho do departamento comercial e de marketing. Não há nada firmado, mas é um produto excelente, ainda mais agora na Série B”, disse. A farmacêutica que já patrocina o clube é um dos nomes que circulam, mas sem avanço concreto até aqui.
SAF segue na agenda
Apesar de não ter aparecido no slide de apresentação, Becker tratou diretamente da pergunta sobre a SAF. Segundo ele, o tema não está engavetado e continua sendo pauta estratégica.
“SAF é uma agenda permanente. O clube saiu maior daquela discussão com o Consórcio Timbu, porque amadureceu. Hoje sabemos o que queremos. O Náutico tem que definir seu modelo e ir ao mercado — e não o contrário”, declarou.
Becker também ressaltou que a decisão sobre SAF não cabe apenas ao Executivo, mas deve ser discutida em comitês e grupos de trabalho, com participação ampla.
Efeito da aclamação: “celeridade”
Sem bate-chapa após a desistência da oposição, Becker destacou que a aclamação libera processos que antes precisariam aguardar o resultado da eleição.
“Isso dá celeridade. Por exemplo, estamos mudando o fornecedor de material esportivo para um contrato que começa em janeiro de 2026. Em um cenário de disputa, teríamos que esperar a eleição e levar ao Conselho. Agora, a gestão futura é a atual. Então podemos avançar imediatamente”, disse.
Ele também citou que outras pautas administrativas e estruturais ganham velocidade por não dependerem da definição eleitoral.