Mãe denuncia que filho neurodivergente foi agredido por outros estudantes dentro de escola no Cordeiro
De acordo com imagens de segurança, a vítima foi segurada por uma adolescente e depois recebeu vários golpes de uma outra menina
Uma criança de 11 anos foi agredida em uma escola estadual, no bairro do Cordeiro, por outros colegas de turma. A mãe alega que o menino é autista e a violência ocorreu após uma brincadeira.
De acordo com imagens de segurança, a vítima foi segurada por uma adolescente e depois recebeu vários golpes de uma outra menina.
"O meu filho fez uma simples brincadeira e disse para a coleguinha 'eu acho que vocês estão sendo ignoradas. Fulana não quer falar com vocês'. Aí, uma outra adolescente, que não tinha nada haver, foi para cima do meu filho, bater nele e dar murro. Ele correu e ela foi atrás, foi na hora das imagens", contou a mãe.
De acordo com a responsável do menino, ele recebeu diversos chutes na cabeça e no tórax. A mãe registrou o caso na delegacia e a criança foi levada ao IML para realização do exame de corpo e delito, sentindo bastante dor.
"Eu faço um apelo à nossa governadora, para que olhe mais para nossas crianças, que estão sujeitas a isso. Eu tenho três netos nessa mesma escola e já tô querendo retirar", contou a avó.
Violências nas escolas
Enquanto buscavam as providências, a família conheceu uma outra família vivenciando o mesmo caso. Uma menina de 12 anos, no mesmo bairro, também foi agredida na saída de uma escola municipal após uma confusão entre alunas.
"Essa menina já vem implicando com a minha filha há muito tempo, desde o início do ano. Não sei qual é o problema dela com minha filha. Hoje ela começou ameaçando que ia bater nela na saída da escola. Minha filha ficou com medo e a diretora segurou as duas na secretaria. Aí liberou minha filha primeiro e depois ia liberar a outra, mas ela fugiu", contou a mãe da outra criança que sofreu violência.
A mãe conta que a menina jogou o celular da vítima no chão e partiu para as agressões. Uma outra mãe, que estava indo buscar o filho na escola, viu a situação e conseguiu separar as adolescentes.
"Os colegas que estavam ao redor só faziam atiçar, dizendo 'bate, bate'. Dentro da escola ela já tinha dito a minha filha que seria expulsa, mas daria um murro no olho dela", concluiu a mãe.
Em nota, a Secretaria de Educação informa que repudia qualquer tipo de violência e que no caso da escola estadual, a patrulha escolar foi acionada. Além disso, afirma também que está acolhendo todas as famílias.