"Sister Hong": Entenda o caso do chinês que enganou homens e vendeu vídeos íntimos
O chinês Jiao, de 28 anos, foi preso após se passar por mulher em aplicativos de namoro e gravar encontros sexuais sem consentimento

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Um escândalo sexual envolvendo identidade falsa, vídeos íntimos e um homem que se passava por mulher viralizou na internet e colocou a polícia chinesa em alerta.
Jiao, um homem de 38 anos, foi preso em Nanquim, no leste da China, acusado de gravar encontros sexuais com outros homens sem o consentimento deles.
Utilizando peruca, maquiagem pesada, filtros digitais e até mesmo modulação de voz, o homem se apresentava em aplicativos de namoro como "Sister Hong", uma mulher divorciada e carente, em busca de uma nova companhia.
Caso da "Sister Hong"
De acordo com o ND+, Jiao é acusado de fingir ser uma mulher para marcar os encontros sexuais, que aconteciam em um pequeno apartamento.
Segundo o Departamento de Segurança Pública de Nanquim, ele usava perucas, maquiagem, filtros virtuais e softwares de alteração de voz para manter contato com os pretendentes.
Durante os encontros, Jiao permanecia vestido e, em alguns casos, até usava máscara.
Ainda não está claro se os parceiros notavam que se tratava de um homem no momento da relação sexual. A maioria dos homens é oriental, mas a "Sister Hong" também chegou a receber estrangeiros.
Gravação de vídeos
Além de se transformar em outra pessoa, Jiao também gravava as relações sexuais sem autorização dos homens envolvidos e vendia os vídeos.
De acordo com o jornal local South China Morning Post (SCMP), Jiao compartilhava os vídeos em um grupo online e cobrava uma taxa de adesão de 150 yuan (aproximadamente R$ 115, conforme cotação atual).
Segundo a investigação, o homem não recebia dinheiro pelas relações sexuais. Aos parceiros, ele solicitava presentes, como leite, frutas e até mesmo peixes.
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Vítimas da "Sister Hong"
Inicialmente, a mídia local chegou a noticiar que Jiao havia se envolvido com mais de 1.600 homens. Apesar disso, as autoridades negaram o número e disseram que ainda apuram a quantidade real das vítimas.
Também foi desmentido que o acusado tenha HIV e tenha infectado outras pessoas, como chegaram a alegar nas redes.
O caso ganhou ainda mais visibilidade depois que alguns dos homens apareceram nos vídeos que circularam e acabaram sendo reconhecidos por parentes, colegas e até alunos.
Um professor de jardim de infância, por exemplo, foi identificado pela mãe de um de seus alunos.
Julgamento de Jiao
Jiao será julgado por divulgação de material obsceno e violação de direitos de imagem de terceiros.
O homem pode responder também por outros delitos, como prostituição, caso os presentes dados pelos parceiros sejam considerados uma forma de pagamento pelos encontros.