Lucas Correia fala sobre sua eliminação em ‘Chef de Alto Nível’: "A cozinha da vida real e a cozinha do reality têm ritmos muito diferentes"
Cozinheiro do time Rueda enfrentou Bruna Lopes, do time Vanzetto, na prova de eliminação exibida nesta quinta, que encerrou a fase de equipes

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'Chef de Alto Nível’ concluiu sua fase de times nesta quinta-feira, dia 7, desafiando os cozinheiros a transformarem cortes de carne do dia a dia em grandes pratos.
Da cozinha do meio, Luiz Lira, do time de Alex Atala, entregou o prato vencedor: um lagarto recheado com cenoura, palmito, abobrinha e folha de mostarda, jus, tomate confit e crocante de batata roxa.
Com a conquista, Lira salvou seu time da eliminação e recebeu o inédito broche do tempo, garantindo mais dez segundos de plataforma no próximo desafio.
Para a prova de eliminação, Jefferson Rueda indicou Lucas Correia e Renata Vanzetto apostou em Bruna Lopes.
Com a mentoria de Alex Atala, a dupla teve que criar, na cozinha do meio, um prato com ingredientes que, juntos, custassem até 30 reais. Lucas apresentou sardinha no fubá, molho de moqueca, castanha-do-pará tostada e crua.
Bruna entregou bisteca suína, com purê de couve-flor, redução de vinho tinto e couve crispy. Rueda, destacando a memória afetiva que o prato trouxe, salvou a execução de Lucas. Vanzetto optou pelo trabalho de Bruna, apontando a suculência da proteína.
Para resolver o empate, Atala decidiu salvar também a entrega com bisteca, valorizando a presença elegante do vinho, sem cobrir a estrela do prato.
Na próxima semana, ‘Chef de Alto Nível’ entra na fase individual, com dez cozinheiros disputando o prêmio. E, hoje à noite, dia 8, no GNT, vai ao ar mais um episódio de ‘Cozinha de Alto Nível’, que recebe como convidados Milad Atala, pai de Alex Atala, e Carmem Cecília, mãe de Jefferson Rueda.
Confira, a seguir, a entrevista com Lucas Correia, que deixou o reality na última rodada da fase de times.
CHEF DE ALTO NÍVEL 2025: Quem é o favorito para ganhar o reality?
Qual balanço você faz da sua participação?
Foi um mergulho profundo. Entrei no reality com mais de 20 anos de estrada, depois de rodar o mundo cozinhando e vivendo a gastronomia em muitas formas.
Mas topar esse desafio foi sair da zona de conforto. Fiz a inscrição não porque eu precisava provar algo para alguém, mas porque queria me provocar, me movimentar, me mostrar. O saldo é positivo demais – cresci, me conectei com gente incrível e tive a chance de ser visto pelo que acredito e entrego.
Como foi fazer parte do time Rueda?
Estar no time do Rueda foi intenso e desafiador. Ele tem um olhar muito técnico, direto, exigente. Isso me fez repensar escolhas, me adaptar rápido, segurar a pressão – mas também me trouxe novas perspectivas. E é sobre isso: troca, escuta, aprender sem perder a essência.
Qual foi sua maior dificuldade? Gostaria de ter feito algo diferente?
A maior dificuldade foi lidar com o tempo. A cozinha da vida real e a cozinha do reality têm ritmos muito diferentes.
Às vezes, você precisa abrir mão do detalhismo, em nome da entrega. Se eu mudaria algo? Talvez só a forma de lidar com a pressão no início. Mas, ao mesmo tempo, cada tropeço me ensinou e moldou o que veio depois. Não me arrependo de nada.
O que você leva do reality para sua vida?
Levo mais coragem. A certeza de que eu posso estar em qualquer lugar – na frente das câmeras, comandando uma equipe, defendendo minha visão.
Levo também a confirmação de que cozinhar é mais do que técnica: é identidade, experiência, entrega. O reality foi uma vitrine, sim, mas, mais do que isso, foi um ponto de virada. Porque eu não estou aqui para ser só mais um cozinheiro – estou construindo um nome, um legado.