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Oruam rebate acusações da Polícia Civil e denuncia abuso em ação no Rio: 'A lei só vale para preto'

O rapper Oruam se pronunciou sobre a ação da Polícia Civil que resultou em seu indiciamento por associação ao tráfico de drogas

Por Bruna Oliveira Publicado em 22/07/2025 às 17:05

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O rapper Oruam, de 24 anos, se pronunciou  sobre a ação da Polícia Civil que resultou em seu indiciamento por associação ao tráfico de drogas.

O episódio, que ocorreu na zona oeste do Rio de Janeiro, envolveu uma operação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e terminou em confronto.

O artista afirma ter sido alvo de violência e abuso por parte dos agentes, e nega qualquer envolvimento com facções criminosas.

De acordo com informações da polícia, os agentes foram até uma residência no bairro do Joá para cumprir um mandado de apreensão contra um adolescente suspeito de participação em roubos de veículos.

A corporação afirma que, enquanto monitoravam o local em uma viatura descaracterizada, oito pessoas teriam surgido na varanda da casa de Oruam e iniciado uma série de ataques contra os policiais, inclusive com o arremesso de pedras.

Em nota enviada ao F5, o cantor apresentou uma versão bastante distinta dos fatos. Segundo ele, a ação policial foi desproporcional e marcada por truculência.

“Mais de 20 viaturas invadiram minha casa de maneira agressiva, sem mandado e sem identificação. Os policiais estavam sem farda e apontaram armas de fogo para mim, minha noiva e amigos”, declarou.

Oruam também afirmou ter sido insultado e agredido durante a operação, e disse possuir registros em vídeo que comprovariam as ameaças de morte e os abusos físicos.

O artista admitiu ter jogado pedras contra os policiais, mas alegou que sua reação foi motivada por medo.

“Foi um ato de desespero para tentar conter a violência. Estávamos acuados, traumatizados, sem entender o porquê daquilo tudo. Eles não encontraram nada ilegal, porque não havia”, pontuou.

Quem é Oruam?

Filho de Márcio dos Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP — um dos nomes mais conhecidos do Comando Vermelho —, Oruam rejeita qualquer vínculo com atividades ilícitas.

“Meu trabalho é fruto de esforço. Vivo da minha música, que está entre as mais ouvidas do país. Nunca me envolvi com facção nenhuma”, garantiu.

O que diz a Polícia Civil?

A Polícia Civil, por sua vez, sustenta que o adolescente procurado na operação atuaria como segurança de um dos chefes do tráfico no estado, Edgar Alves de Andrade, o “Doca”.

Ainda segundo o órgão, ele foi abordado ao sair da residência com outros quatro indivíduos, sendo apreendidos seus pertences, como um celular e um cordão. Na sequência, os policiais relatam que foram atacados por moradores e que um dos agentes chegou a ser ferido por uma das pedras lançadas.

A corporação também informa que, durante a confusão, um dos homens se identificou como filho de Marcinho VP em uma tentativa de intimidação.

Após um dos envolvidos correr para o interior do imóvel, os agentes entraram no local para detê-lo e o autuaram em flagrante por desacato, resistência qualificada, ameaça, lesão corporal, dano ao patrimônio e associação ao tráfico.

No entanto, Oruam vê a ação como injustificada e motivada por preconceito racial. “Essa operação foi arbitrária, preconceituosa e violenta.

A lei tem cor e só vale para preto. A verdade é que eles não suportam ver pretos no topo. Exijo respeito à minha história, ao meu trabalho e à minha dignidade”, disse em nota.

O artista ainda pediu que sua denúncia seja investigada com seriedade pelas autoridades competentes.


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