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Performance "Vórtices Errantes" une poesia e experimentações sonoras no MAMAM neste sábado (9)

O Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães recebe Ana Gábri para gravação pública do poema "Vórtices Errantes", com a sonoplastia de Fernando Remígio

Por Laura Martiniano Publicado em 06/08/2025 às 14:16

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A partir das 14h do próximo sábado (9), O Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM) recebe a performance Vórtices Errantes, de Ana Gábri, artista, pesquisadore e autore do poema homônimo. A obra foi concebida como uma maneira alternativa de publicação poética e será registrada ao vivo com convite para o público. A atração promete transformar a poesia em uma experiência sensorial por meio do encontro entre a palavra falada e experimentações acústicas.

Vórtices Errantes é fruto de pesquisas de Ana Gábri acerca do erro e do desejo e experimentar formas não convencionais de publicação. O lançamento do trabalho está previsto para a primeira semana de setembro nas principais plataformas de streaming sob o selo independente Edições Marafas.

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Flyer da performance "Vórtices Errantes" de Ana Gábri com Fernando Remígio - Divulgação

Vórtices Errantes

A performance traz a oralização da palavra a partir da errância sobre o próprio texto, representando uma poesia usando diferentes retornos, ênfases, dicções e ritmos com o auxílio da sonoplastia.

O artista Fernando Remígio acompanha Ana Gábri em performance desde a primeira edição, assinando a parte do som, com ruídos, ecos e dissonâncias tocados em uma guitarra de maneira não convencional.

Vórtices Errantes é a celebração do erro a partir da criação de uma imersão forjada pela linguagem em errância, um jogo metalinguístico com a realidadeficção. Primeiro veio o poema que queria ser publicado em algum formato já diferente, mas em papel, depois entendi que poderia publicar com meu corpo, ou seja, publicar como tornar público em performance. A publicação sonora vai vir da quarta edição da performance e isso me anima muito”, explica Ana Gábri.

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Performance "Vórtices Errante" une poesia e experimentações sonoras no MAMAM neste sábado (9) - Divulgação

A ideia de realizar uma publicação sonora permite maior acessibilidade do compartilhamento da experiência e ajuda a repensar os modos de circulação da poesia. Adotando o som como suporte, o projeto visa ampliar seu alcance material ao dialogar com a demanda por conteúdos em formado de áudio, com podcasts e audiobooks.

Essa prática experimental dialoga com a poesia concreta e atravessa a sound poetry, o dadaísmo, o futurismo, o fluxos e a arte sonora experimental contemporânea. A gravação de Vórtices Errantes será compartilhada com o público e contará com tradução simultânea em LIBRAS.

“Uma das coisas que eu mais me encantei dentro desse processo é que a performance começou na própria estrutura de ensaio. Fazer sonoplastia com a guitarra elétrica é utilizar o instrumento no sentido de uma caixa de sons, de uma máquina que produz ecos, sensações, tensões e sons que não seriam esperados. É como entender comigo uma criatura que grunhe e que sente as palavras como se fosse um bicho, eu só sou um condutor de uma criatura perpassada por palavras”, afirma Fernando Remígio.

O projeto já esteve presente em espaços culturais independentes como a Casa Lontra, Ateliê Ex-Libris (Edf. Texas) e a Kaza Ruta, no Recife, reunindo um público diverso, conectado com formas distintas de arte. A gravação pública no MAMAM marca mais um paço para a construção da obra.

Vórtices Errantes conta com incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura.

Serviço

  • Gravação pública — Performance Vórtices Errantes
  • Sábado, 9 de agosto | A partir das 14h
  • Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Rua da Aurora, 265 - Boa Vista, Recife - PE)
  • Entrada gratuita
  • Instagram: @edicoesmarafass @anagabriaires

 

 

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